Antes que a Apple banisse o Parler de sua loja no sábado (9), o site de mídia social liderou o ranking de aplicativo gratuito mais popular da App Store nos Estados Unidos. O interesse no aplicativo aumentou depois que o Twitter baniu a conta de Donald Trump, na sexta-feira (8).
Depois que a Amazon.com parou de hospedar os serviços do Parler, efetivamente tirando do ar a rede social, o site agora está lutando pela sobrevivência.
Criado em 2018, o Parler é uma rede social que se autointitula como um espaço “voltado para a liberdade de expressão”. O aplicativo atraiu amplamente os conservadores dos EUA que discordam das regras sobre conteúdo em sites de mídia social como Facebook e Twitter. O app teve cerca de 10,8 milhões de instalações globalmente na App Store e Google Play, 8,7 milhões delas nos EUA, de acordo com dados da empresa de pesquisa Sensor Tower. Em janeiro, disse ter mais de 12 milhões de usuários registrados.
O presidente Jair Bolsonaro mantém uma conta no serviço. Trump, que na semana passada foi permanentemente suspenso do Twitter, não tem uma conta Parler verificada, mas sua campanha “Team Trump” tem. Aliados do presidente norte-americano, como o advogado Rudy Guiliani e o filho do presidente Eric Trump, também se juntaram à plataforma, assim como representantes da mídia conservadora como Epoch Times e Breitbart News, além de republicanos proeminentes, incluindo o senador Ted Cruz.
Em novembro, a ativista conservadora Rebekah Mercer confirmou que ela e sua família, incluindo seu pai e o investidor de fundos de hedge Robert Mercer, forneceram fundos para a empresa. O comentarista conservador Dan Bongino também disse, em junho, que estava adquirindo uma participação acionária na empresa, que tem sede perto de Las Vegas.
POR QUE SAIU DO AR?
O site desapareceu da internet depois que a Amazon.com suspendeu o serviço de hospedagem para a empresa, que aparentemente ainda não encontrou um substituto para abrigar seus arquivos. O Parler foi acusado por provedores de infraestrutura da internet de não fazer o suficiente para evitar a disseminação de mensagens que incitam a violência, após a invasão do Capitólio por apoiadores de Trump na última quarta-feira (6). O episódio se seguiu a semanas de retórica violenta em sites.
O Parler agora está processando a Amazon, acusando a empresa de uma decisão ilegal e politicamente motivada para tirar seus serviços do ar. A Amazon disse que a ação não tem mérito. Em um e-mail incluído no processo do Parler, a Amazon citou 98 exemplos de publicações que “claramente encorajam e incitam a violência”.
O presidente-executivo da Parler, John Matze, disse que a empresa “não tolera nem aceita violência” em sua plataforma.
Pesquisadores da área de desinformação disseram que grupos de extrema direita que participaram da invasão ao Capitólio mantiveram uma presença online vigorosa em plataformas alternativas, incluindo o Parler, onde espalharam retórica violenta e se organizaram antes dos distúrbios. (Com Reuters)
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