Os veículos elétricos são uma das principais tendências para os próximos anos. Em 2020, houve um aumento de 66,5% nas vendas de modelos eletrificados no Brasil em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Como parte da agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), cada vez mais empresas estão adotando práticas de adequação ao plano global de sustentabilidade para preservar os recursos naturais e proporcionar condições de vida dignas para as próximas gerações.
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Nesse contexto, os veículos elétricos surgem como uma alternativa menos poluente para a atmosfera, uma vez que, diferentemente dos carros convencionais, que dependem de combustíveis fósseis para funcionar, os EVs operam a partir de baterias recarregáveis, de energia renovável.
Veja, na galeria de fotos a seguir, 10 empresas que já utilizam veículos elétricos em suas operações:
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Divulgação A Uber Technologies quer se transformar em uma empresa sustentável de transporte urbano por aplicativo. Em setembro de 2020, a empresa assumiu o compromisso de que, até 2040, todas as viagens feitas por intermédio da plataforma sejam em veículos elétricos e anunciou o projeto Uber Green, uma opção de passeio de baixa emissão que conecta o passageiro a veículos híbridos e totalmente elétricos. Basta solicitar explicitamente que o motorista tenha um carro com emissão zero.
Para que isso se torne realidade, a empresa investiu US$ 800 milhões para ajudar os motoristas parceiros a trocar carros a combustão por modelos elétricos em 37 cidades espalhadas pelo Canadá, Europa e Estados Unidos. Para viajar no Uber Green, os passageiros pagam uma taxa extra de US$ 1, aplicado sobre a quantia sugerida pelo UberX, modalidade mais econômica para quem quer viajar sem compartilhar o carro com outras pessoas. O valor é destinado a ajudar mais motoristas a adotarem os carros elétricos.
Este ano, a empresa anunciou a expansão do projeto, com o objetivo de levar as viagens de carros elétricos para todo o mundo. Com a novidade, mais de 60 cidades na América do Norte passaram a oferecer a modalidade sustentável, como Washington D.C, Austin, Houston, Miami, Nova York e Tucson, nos Estados Unidos, além de Calgary e Winnipeg, no Canadá. Com a expansão, o motorista parceiro passa a receber mais pela corrida que realizar dentro do programa Uber Green: US$ 0,50 se o carro for híbrido e US$ 1,50 se for 100% elétrico. Ainda não há previsão da modalidade chegar ao Brasil.
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Divulgação/Midori de Lucca O iFood inaugurou, em outubro de 2020, o projeto iFood Pedal, em parceria com a Tembici, startup de tecnologia para micromobilidade. A iniciativa busca incentivar entregadores de delivery a adotarem o uso de bicicletas elétricas para realizar o trabalho.
Ao assinar um plano semanal de R$ 9,90, o entregador pode fazer duas retiradas de e-bikes e até quatro horas de viagem por dia, totalizando uma jornada máxima de oito horas diárias. As bicicletas têm velocidade limitada a 35 km/h e bateria com autonomia de 60 km, e contam com pedal assistido, cujo motor só é ativado quando a bicicleta é pedalada, sem acelerador, o que torna o modal mais leve. Ela ainda possui espelho retrovisor, campainha e lanternas LED, que são automáticas e começam a piscar com a bike em movimento.
Parte importante da iniciativa é o treinamento online de conscientização dos cicloentregadores feito pelo Instituto Aromeiazero, organização sem fins lucrativos que utiliza a bicicleta para reduzir as desigualdades sociais. Ao concluir o curso, os participantes recebem um certificado nominal e um kit extra, com jaqueta corta vento, bateria externa e squeeze.
Em março de 2021, o iFood revelou que o projeto Pedal ultrapassou a marca de 1 mil entregadores cadastrados na plataforma. Hoje, a capital paulista conta com 500 bicicletas elétricas e quatro pontos de retirada de equipamentos, em Pinheiros, Moema, Itaim Bibi e na Avenida Paulista. “A ideia é, gradativamente, expandir o projeto, que foi desenvolvido com o objetivo de contribuir com o ciclismo da cidade e valorizar o trabalho dos entregadores que usam o app”, diz Roberto Gandolfo, vice-presidente de logística do iFood.
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Divulgação Ano passado, a Amazon lançou seu primeiro veículo de entregas com motor elétrico, que faz parte do plano da empresa de zerar suas emissões de carbono até 2040, utilizando energia renovável até 2030.
Desenvolvida em parceria com a startup Rivian, a nova van elétrica conta com três prateleiras para acomodar as encomendas e um sistema de câmeras que permite visão 360º, cujas imagens são transmitidas para os dois monitores que ficam no painel da cabine. Os entregadores terão apoio da Alexa, assistente virtual da Amazon, que os manterá informados sobre rotas, condições climáticas e alerta de pedestres.
“Quando decidimos criar nosso primeiro veículo de entrega elétrico, sabíamos que ele precisaria superar, em muito, qualquer outro veículo de entrega. Queríamos que os motoristas adorassem usá-lo e os clientes ficassem entusiasmados quando o vissem passando por seu bairro e chegando em casa”, afirma Ross Rachey, diretor de frota e produtos globais da gigante do varejo.
A companhia já encomendou a produção de 100 mil vans elétricas, com a expectativa de ter 10 mil unidades em circulação nas ruas em 2022. O restante deve operar até 2030.
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Divulgação A Coca-Cola European Partners (CCEP), maior engarrafador independente da Coca-Cola no mundo, aderiu, no início do ano, à EV100, iniciativa global que busca acelerar a transição do transporte para veículos elétricos e tornar a mobilidade elétrica o modo de transporte mais comum até 2030.
O compromisso da marca com as emissões de carbono não é recente. Em 2013, a Coca-Cola converteu 100 vans Chevrolet Express 2014 de serviço em veículos híbridos-elétricos com baixo consumo de combustível.
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Divulgação Em parceria com a Renault, a DHL Supply Chain, uma das principais empresas do mundo de logística, armazenamento e distribuição, acaba de ampliar a frota de veículos elétricos no Brasil. A iniciativa faz parte das práticas sustentáveis da empresa que têm como objetivo reduzir os impactos ambientais nas operações logísticas.
Em janeiro, a DHL adquiriu cinco novos veículos zero emissões Renault Kangoo Z.E., ampliando sua frota nacional para 25 veículos 100% elétricos. Até 2050, o Grupo Deutsche Post DHL pretende zerar suas emissões de CO2, sendo que 2025 é o prazo para realizar grande parte de suas coletas e entregas por bicicletas e veículos elétricos.
No Brasil, a frota elétrica se integra às soluções sustentáveis de transportes oferecidas pela DHL Supply Chain, o que também inclui o uso de bicicletas tradicionais e elétricas para distribuição em centros urbanos. A companhia possui, ainda, um centro de distribuição sustentável que possui uma usina solar no teto e gera 80% da energia elétrica consumida.
Com a negociação, a Renault ultrapassa a marca de 350 veículos comerciais 100% elétricos circulando no Brasil. Enquanto isso, a DHL Supply Chain planeja triplicar sua frota totalmente elétrica nos próximos anos.
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Divulgação O Walmart, uma das maiores redes varejistas do mundo, anunciou que até 2040 substituirá gradualmente sua frota de veículos convencionais por veículos com emissão zero globalmente.
Este não é o primeiro compromisso da rede com o meio ambiente. Em 2014, a empresa apresentou o Walmart Advanced Vehicle Experience (WAVE), um trator-reboque híbrido de série estendida, desenvolvido para apoiar o programa de sustentabilidade da empresa. Há cerca de dois anos, a varejista encomendou 40 unidades do caminhão elétrico Tesla Semi.
Agora, o Walmart está testando veículos movidos a bateria da Cruise, da GM, em Scottsdale, Arizona. O projeto terá um EV (electric vehicle, do inglês) autônomo para buscar seus pedidos na loja local. De acordo com Tom Ward, vice-presidente sênior de produto da varejista, a eletricidade utilizada para carregar a frota vem inteiramente de recursos renováveis, o que ajuda a meta da companhia de reduzir as emissões de carbono em suas operações. A substituição da frota deve incluir veículos menores e caminhões para percursos de longa distância.
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Mercado Livre/Divulgação/Reuters O Mercado Livre adquiriu 70 veículos totalmente elétricos para sua frota na América Latina, sendo 51 deles destinados ao Brasil. O projeto também inclui países como México, Colômbia, Chile e Uruguai. Segundo Fernando Yunes, líder do Mercado Livre no Brasil, a medida foi pensada para aliviar o impacto ambiental intensificado com o crescimento do comércio eletrônico e a expansão das soluções logísticas da companhia.
No início do ano, a empresa anunciou que vai oferecer aos entregadores do país financiamento para a compra de veículos elétricos para ampliar cada vez mais a frota movida a eletricidade no Brasil, seu maior mercado. Ela não revelou qual a expansão prevista para a frota de veículos movidos a eletricidade por aqui, nem o investimento previsto para conduzir a iniciativa, que envolverá também a instalação de pontos de recarga em centros logísticos da empresa.
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Divulgação Em fevereiro de 2021, a rede de materiais de construção Telhanorte anunciou que algumas de suas entregas seriam feitas por um caminhão totalmente elétrico, fruto da parceria com a empresa de locação de veículos e gestão de frotas Osten Fleet.
Inicialmente, o veículo estará disponível apenas na unidade da Telhanorte Marginal, na zona norte de São Paulo, entregando as compras feitas pelos canais digitais da empresa. “A implementação do carro elétrico ocorre em um momento em que o grupo está focando em muitas metas sustentáveis globais”, afirma Michelle Oliveira, diretora de logística da Telhanorte.
Com a ação, a Telhanorte passa a ser a primeira empresa do setor de home center a realizar entregas por meio de um carro 100% elétrico. O objetivo é reduzir as emissões de carbono em 20% até 2025 e atingir a neutralidade até 2050 globalmente.
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Divulgação A empresa de logística e tecnologia possui uma frota de veículos elétricos desde 2019. Desenvolvido em parceria com a marca Hitech, o modelo ecoTech4 é utilizado para fazer entregas urbanas, com velocidade máxima de 68 km/h.
Além de serem mais ecológicos, estes carros elétricos permitem uma significativa redução de custo. No ano de seu lançamento, uma recarga completa da bateria do modelo ecoTech4 custava, em média, R$ 5 e possibilitava uma autonomia de 100 km a 150 km, dependendo do modelo da bateria. Segundo a Asap Log, um veículo a combustão custaria em torno de R$ 45.
De acordo com a Hitech, o valor gasto por quilômetro rodado é de seis a oito vezes menor do que um carro popular a combustão. A comparação leva em conta os custos anuais de manutenção e combustível.
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Divulgação O United States Postal Service (USPS), os correios norte-americanos, acaba de assinar um contrato de US$ 483 milhões com a Oshkosh Defense, empresa especializada na construção de veículos militares para produzir 165 mil vans em dez anos destinadas à entrega de correspondências e encomendas.
A iniciativa obedece ao compromisso do presidente Joe Biden de utilizar somente veículos elétricos em toda a frota federal. Os veículos terão motores elétricos, sensores para estacionamento, sistema anticolisão, câmeras que darão ao motorista visão 360º, controle de tração e ar-condicionado quente e frio.
A Uber Technologies quer se transformar em uma empresa sustentável de transporte urbano por aplicativo. Em setembro de 2020, a empresa assumiu o compromisso de que, até 2040, todas as viagens feitas por intermédio da plataforma sejam em veículos elétricos e anunciou o projeto Uber Green, uma opção de passeio de baixa emissão que conecta o passageiro a veículos híbridos e totalmente elétricos. Basta solicitar explicitamente que o motorista tenha um carro com emissão zero.
Para que isso se torne realidade, a empresa investiu US$ 800 milhões para ajudar os motoristas parceiros a trocar carros a combustão por modelos elétricos em 37 cidades espalhadas pelo Canadá, Europa e Estados Unidos. Para viajar no Uber Green, os passageiros pagam uma taxa extra de US$ 1, aplicado sobre a quantia sugerida pelo UberX, modalidade mais econômica para quem quer viajar sem compartilhar o carro com outras pessoas. O valor é destinado a ajudar mais motoristas a adotarem os carros elétricos.
Este ano, a empresa anunciou a expansão do projeto, com o objetivo de levar as viagens de carros elétricos para todo o mundo. Com a novidade, mais de 60 cidades na América do Norte passaram a oferecer a modalidade sustentável, como Washington D.C, Austin, Houston, Miami, Nova York e Tucson, nos Estados Unidos, além de Calgary e Winnipeg, no Canadá. Com a expansão, o motorista parceiro passa a receber mais pela corrida que realizar dentro do programa Uber Green: US$ 0,50 se o carro for híbrido e US$ 1,50 se for 100% elétrico. Ainda não há previsão da modalidade chegar ao Brasil.
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