O Facebook disse hoje (17) que vai começar a remover recomendações de grupos de questões políticas e sociais. A ação tem como objetivo diminuir a tensão da rede social.
A empresa também anunciou mudanças para reduzir o alcance de grupos que violam regras do site, incluindo divulgá-los com algoritmos mais baixos e fazer um alerta aos usuários quando eles se juntarem a uma dessas páginas.
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Pesquisadores e organizações de direitos civis alertam há tempos que esse produto do Facebook, promovido vigorosamente para encontros de pessoas com interesses comuns, como esportes ou música, também têm sido usados para espalhar desinformação e organizar atividades extremistas.
Em uma entrevista feita ontem (16)), Tom Alison, vice-presidente de engenharia do Facebook, disse que a empresa está investindo em grupos e que as mudanças nas recomendações se devem aos usuários que querem ver menos conteúdo político. “Eles querem que baixemos um pouco a temperatura”, disse.
Alison disse que os grupos recém-criados sobre qualquer tópico terão que esperar 21 dias antes de se tornarem elegíveis para recomendação, dando tempo para a rede social entender sua proposta de funcionamento.
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Desde 2017, o Facebook tornou os grupos uma prioridade. No ano passado, a empresa intensificou a promoção desses nichos em feeds de notícias e resultados de pesquisas. Durante a pandemia do coronavírus, entretanto, a rede parou de recomendar as páginas de saúde, dizendo que os internautas precisam de fontes confiáveis de informação. A rede também reprimiu conteúdos relacionados a “movimentos sociais militarizados”.
Nos meses que antecederam a eleição nos EUA e o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro, os grupos do Facebook fervilharam de desinformação e retórica violenta. A empresa disse que exigirá que os moderadores aprovem temporariamente as postagens quando constar um número substancial de membros que violaram regras da rede nos últimos tempos.
O Facebook disse também que mostrará menos o conteúdo desse tipo de página nos feeds de notícias dos usuários e interromperá temporariamente aqueles que não seguirem as novas normas. (Com Reuters)
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