Considerando que cerca de 40% dos norte-americanos já sofreram assédio online, uma empresa de tecnologia de propriedade de negros deseja criar uma forma mais humana de se comunicar virtualmente.
Fundada por Jennifer Dyer e Kiaran Sim em 2015, a Yappa é uma ferramenta que visa impedir que usuários de plataformas online – incluindo mídias sociais e sites de notícias – se escondam atrás de comentários anônimos por escrito, exigindo que compartilhem seus pensamentos através de suas vozes. É uma espécie de junção do Clubhouse e do Twitter. Os mais de 400 clientes da Yappa, entre eles The Hill, Vox e PerezHilton.com, podem incorporar a tecnologia patenteada em seus sites por meio de um widget de extensão do navegador. Os usuários interessados devem criar contas na Yappa e concordar em enviar seus comentários em áudio ou vídeo.
“Quando você está usando a voz, é muito mais cuidadoso com o que diz do que quando está lançando granadas atrás do teclado”, diz Sim.
“Há muita toxicidade [quando] você não precisa se colocar na linha de frente, não precisa assumir sua responsabilidade e pode se manter anônimo”, acrescenta Jennifer. “Queríamos fornecer uma ferramenta onde as pessoas pudessem ter conversas civilizadas.”
Enquanto a maioria das plataformas de mídia social busca criar um senso de comunidade em seus próprios sites, a Yappa visa ajudar as empresas a recuperar e reter seu público.
“Somos uma plataforma de mídia social que incentiva os editores a recuperarem parte do público que os gigantes da mídia social roubaram”, diz Sim. “Estávamos realmente tentando colocar o poder de volta nas mãos dos editores para promover o bom comportamento e dar a eles as ferramentas sociais de que precisam para manter o público ao seu lado.”
Para aumentar esse esforço, a Yappa anunciou recentemente uma série A de US$ 3,5 milhões liderada pela Future Media Limited. Grande parte do financiamento irá para a expansão de recursos existentes, como mensagens diretas entre usuários, e o lançamento de novas soluções, como páginas onde pessoas com interesses semelhantes podem se conectar.
Desde o lançamento há quatro anos, a Yappa passou por várias evoluções. Em março de 2019, Jennifer e Sim converteram o então aplicativo em um widget que poderia ser integrado de forma mais perfeita às plataformas online. Embora seu objetivo continue a ser mitigar o abuso online, eles descobriram recursos adicionais para seu software, incluindo o rádio.
“Trouxemos utilidade para sites [de rádio] que normalmente nunca seriam vistos pelo público”, diz Sim, que agora conta com a iHeart entre os clientes da Yappa. “Você teria que ligar para o programa On Air com Ryan Seacrest e esperar 25 minutos pelos seus 10 segundos de fama. Agora você pode apenas deixar um ‘Yap’. O apresentador usa o aplicativo diariamente para se integrar ao programa.”
Em meio à pandemia, a Yappa aplicou sua tecnologia a eventos virtuais, como o Black Entrepreneurs Day e Shaq vs. Gronk, para envolver melhor os participantes. A empresa relata uma taxa de violação de 2% em todas as plataformas com as quais trabalha.
Sem concorrentes diretos, a Yappa está abrindo novos caminhos nas mídias sociais, mas Jennifer insiste que o conceito está enraizado na simplicidade. “Nascemos para falar, mas fomos ensinados a enviar mensagens de texto. Isso apenas volta ao básico.”
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