A Table.co, startup fundada por um arquiteto chileno com base no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), anunciou hoje (15) mais uma rodada de investimentos, no valor de US$ 3 milhões, para continuar o projeto de expansão do seu negócio. A companhia, que oferece soluções e ferramentas para empresas desenvolverem pontos de contato com o consumidor final, chamou a atenção da Alexia VC, que participou do aporte e conta com dois brasileiros no comando.
Com um leque de soluções tanto para pequenas e médias empresas que querem se aproximar dos clientes, quanto para corporações consolidadas, como é o caso da varejista Best Buy e da montadora Mercedes-Benz, a Table.co quer levar a cultura do “digital first” (digital em primeiro lugar, em português) para mais companhias. “Apesar do grande aumento de satisfação do cliente e redução de custos com a transformação digital, apenas 7% das empresas de fato conseguem trilhar esse caminho”, diz o fundador e CEO da startup, Cristian Petschen.
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Chatbots, assinatura digital de contratos e plugins de agendamento são algumas das integrações que a Table.co oferece para as empresas que assinam o seu serviço. O valor das mensalidades varia conforme o tamanho da equipe da contratante, assim como do número de soluções. Essa gama de possibilidades foi o que atraiu os brasileiros Wolff Klabin, da família que criou a corporação de papel e celulose homônima, e Patrick Arippol, investidor veterano e conselheiro de empresas como RD Station e ReclameAqui, fundadores da Alexia VC.
Em entrevista à Forbes, Arippol comentou que o chamariz da Table.co é o poder transformador da tecnologia da startup. “Eles possuem um portfólio que atende todo o ciclo de experiência que o cliente pode ter no relacionamento com uma empresa”, diz. “É uma tecnologia muito parruda, que roda em diversos canais e pode ser integrada em sistemas legados de empresas grandes e pequenas”. O fundo comandado pelos brasileiros investiu US$ 1 milhão na empresa, 33% da rodada anunciada.
O QUE MENOS IMPORTA É O CHEQUE
A chegada de Klabin e Arippol, juntos, ao mundo do investimento de risco é recente. A Alexia VC foi criada por ambos em maio de 2020, três meses depois do primeiro caso confirmado de Covid-19 no Brasil. Mesmo com o cenário pandêmico, ambos tinham US$ 100 milhões disponíveis para investimentos em startups, principalmente aquelas em estágio inicial, seja na fase seed ou em rodadas de série A.
De lá para cá, nos últimos 11 meses, foram nove rodadas de investimento, totalizando US$ 10 milhões aportados em empresas que, juntas, estão avaliadas em US$ 100 milhões. Parte do portfólio é sigiloso, mas alguns aportes da Alexia VC foram divulgados, como, por exemplo, na healthtech NeuralMed, na fintech Parfin e na edtech Skore. O foco do fundo, segundo Arippol, está em empresas de todos os setores, mas que possuam especialização em inteligência artificial, machine learning, big data e desenvolvimento de software.
Embora o investimento financeiro seja relevante para as startups, principalmente aquelas em estágio inicial, Arippol defende que o valor do cheque não é o mais importante. “Quando um negócio é muito bom, não é o tamanho do aporte que faz a diferença, mas sim qual investidor ajuda mais a empresa em questões estratégicas”, diz. “A nossa missão é agregar valor de conhecimento para os fundadores.”
Por conta desse posicionamento, a Alexia VC tem um foco muito maior nas rodadas de série A do que em investimentos seed. “Na série A é quando o fundador começa a estruturar mesmo a empresa e engajar mais os clientes”, afirma. “É nesta etapa que acreditamos fazer uma diferença maior.” Neste estágio, diz o sócio do fundo, a perspectiva é de investir entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões, enquanto que, na fase semente, o valor fica entre US$ 1 milhão e US$ 3 milhões.
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