A Stanford University lançou sua primeira classe integralmente ministrada por meio do uso de realidade virtual. O projeto liderado pelo professor Jeremy Bailenson surgiu da necessidade de testar, na prática, as tecnologias pesquisadas pela universidade. Batizado de “Pessoas Virtuais”, o curso se propõe a expandir e aprofundar os estudos sobre tecnologias imersivas.
As aulas são ministradas no Engage, software desenvolvido pelos alunos do próprio curso de tecnologia do campus. A mesma plataforma funciona como um ensaio de interações virtuais para estudantes e professores de outras disciplinas. Um dos aprendizados com a tecnologia, segundo Bailenson, é a capacidade de desenvolver narrativas que possam parecer impossível no mundo físico.
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Uma das disciplinas, que permite experimentar as possibilidades do VR, é uma sessão de meditação guiada que também foi incorporada à grade permitindo a criação de avatares. Das adaptações necessárias para um curso totalmente feito com equipamentos de imersão, foi a limitação do tempo de aula a 30 minutos, para evitar desconfortos físicos como enjoo. Além disso, a preocupação com privacidade também foi um elemento importante. Neste caso, Bailenson fechou uma parceria com a Meta, dona do Facebook, para permitir que os alunos usem contas neutras no login do Oculus, device utilizado no curso.
Outro conceito foi desenvolvido especificamente para ser aplicado nos futuros cursos de VR. O Laboratório Virtual de Interação Humana da universidade criou o “Perigoso, Impossível, Contraproducente e Caro”, classificação dada a disciplinas que seriam impraticáveis de serem aplicadas na realidade em função do risco ou alto custo. Dentre os exemplos estão oceanografia e aeronáutica.