O presidente do Twitter, Parag Agrawal, afirmou ontem (10) que o bilionário Elon Musk desistiu de integrar o Conselho de Administração do Twitter, do qual é acionista. Na semana passada, Musk comprou 9,2% das ações da empresa, o equivalente a R$ 13 bilhões. “No dia 9 de abril, a nomeação de Elon Musk deveria tornar-se oficial, mas, naquela manhã, ele informou que não se uniria ao Conselho”, disse Agrawal, em mensagem enviada aos funcionários da empresa completando que a decisão, em sua opinião, é melhor para todos.
O executivo ainda reforçou: “Sendo Elon nosso maior acionista, seguimos abertos à contribuição que ele traz para a empresa”. O anúncio da participação de Elon no Conselho foi feito pelo próprio Parag na terça-feira quando o descreveu como um “apaixonado e crítico do microblog.”
Um acionista polêmico
Elon Musk comprou o equivalente a R$ 13 bilhões em ações do Twitter na segunda-feira (4). A informação foi confirmada por um documento enviado pela plataforma para a SEC, o equivalente à CVM nos Estados Unidos. O movimento ocorreu após o bilionário ter criado polêmica, na semana retrasada, ao criticar o fomento à liberdade de expressão pela plataforma e sugerir, inclusive, que criar uma nova rede social poderia ser uma saída. O registro diz que Musk comprou cerca de 73,4 milhões de ações ordinárias, ou o equivalente a 9,2% de participação. A notícia gerou alta de 25% nas ações da plataforma pré-negociadas naquele dia.
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As críticas de Musk ao Twitter
Além de ser um dos homens mais ricos do mundo, Elon Musk, dono da Tesla, SpaceX e algumas outras empresas, também é conhecido pelas polêmicas que gosta de criar. Principalmente em sua rede social preferida, o Twitter. Com alguma frequência, Musk gosta, inclusive, de criticar a própria plataforma. Na semana passada, não foi diferente, ele criou uma enquete com uma crítica direta ao microblog.
Musk perguntou aos seus seguidores: “Para uma democracia, liberdade de expressão é essencial, mas você acredita que o Twitter adota esse princípio de forma rigorosa?”. Das respostas, o Não teve 70% dos 2 milhões de votos recebidos. Diante do resultado, Musk postou novamente: “Considerando que o Twitter deveria ser uma praça pública, falhar ao aderir os princípios de liberdade de expressão prejudica a democracia. Como resolver? Criar uma nova rede social?”
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Instantaneamente, os seguidores questionaram sobre as intenções de Musk em relação ao tema. Ele respondeu que “pensa seriamente criar uma nova rede social”. O assunto ficou por isso mesmo, mas suscitou uma série de questionamentos, matérias e suposições de que, muito além da provocação, Elon Musk teria, de fato, intenções de tornar-se o dono de uma nova plataforma social. Vale lembrar que não é de hoje que Elon Musk adota um tom provocador contra as big techs e, em especial, o Twitter.