Jogar lucrando ou lucrar jogando? Difícil traduzir o termo play-to-earn de forma literal. No entanto, esse é um conceito que está cada vez mais presente quando o tema envolve criptomoedas, blockchain e games. Parte importante da chamada Web3, os jogos play-to-earn vêm atraindo cada vez mais atenção. Um exemplo disso é o crescimento do Axie Infinity, no início deste ano, o jogo registrava mais de 2,8 milhões de usuários chegando a movimentar mais de R$ 24 bilhões por ano. Heloísa Passos, CEO da SP4CE e fundadora de uma das maiores comunidades do Axie Infinity do mundo, explica o conceito e sua importância do ponto de vista de investimentos.
O que são jogos play-to-earn ?
“Os jogos play-to-earn são a terceira geração da economia dos games. Tivemos os jogos pay-to-play, que são aqueles em que comprávamos cartuchos, a geração do free-to-play, que veio com o mobile e agora, temos o play-to-earn , que traduzindo, literalmente é o jogue para ganhar. Isso só é possível por conta da tecnologia blockchain que permite termos uma economia baseada em criptoativos que desenvolvem dentro do ecossistema do game uma arquitetura econômica, seja para você queimar itens, para poder fazer novas armas, espadas, escudos, ou para gerar novos personagens. Então uma pessoa acaba comprando da outra esses ativos para poder evoluir dentro do game.”
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Quais são os mais conhecidos?
“Entre os jogos play-to-earn mais famosos temos o Axie Infinity, ele puxou toda essa tendência, é um RPG Card Game. Temos o Thetan Arena, que apesar de não ter um aspecto muito earn é um jogo que tem uma Game Play muito interessante e está puxando muito o aspecto de esportes dentro dos criptogames. Também temos o Town Star que é da Gala Games, um jogo de fazendinha. Temos o Ferexie, que ficou bem em alta no começo do ano e temos jogos que serão lançados como Pegaxy, Boom Boogers, Embers Sword e Illuvium.”
Por que eles são tendência?
“Esses jogos se tornaram uma tendência porque eles trouxeram uma camada dos games que já existia e permite que os jogadores façam transações de forma legal. Se eu fosse uma gamer profissional e quisesse vender meus itens, eu tinha que vender por fora, fazer uma ted, não tinha certeza se o outro lado ia me dar o item ou não, e os desenvolvedores não ganhavam nada por isso, então agora eu tenho isso de uma forma estruturada dentro da blockchain e consigo monetizar dentro do jogo.”