No início desta semana, a Snap, dona do Snapchat, confirmou que prepara uma demissão de cerca de 20% de seus profissionais, o que somaria 6,4 mil pessoas. O motivo: uma redefinição de estratégia e a eliminação de vagas relacionadas ao desenvolvimento de projetos específicos como mini aplicativos dentro do Snapchat.
A divisão de hardware da empresa também estaria na mira dos cortes, o que envolve os óculos Spectacles e os drones com a câmera Pixy, que deixou de existir recentemente. O atraso no crescimento da receita da empresa estimulou a Snap a adotar medidas para “evitar perdas significativas”, disse o CEO, Evan Spiegel, em uma carta aos funcionários incluída no documento enviado à SEC anunciando as medidas.
Spiegel disse no memorando que a empresa está reestruturando seus negócios para se concentrar em “três prioridades estratégicas: crescimento da comunidade e da receita e realidade aumentada”, acrescentando que “os projetos que não contribuem diretamente para essas áreas serão descontinuados ou receberão redução no investimento.”
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A Snap disse que a receita do terceiro trimestre cresceu 8% até segunda-feira (29) em comparação com o mesmo período do ano passado, boas notícias para os investidores em meio a um ano sombrio para a empresa. As medidas vão economizar US$ 500 milhões neste trimestre, estimou a empresa. A Snap relatou lucros ruins no segundo trimestre, registrando uma perda de US$ 422 milhões, muito pior do que o recuo de US$ 152 milhões da empresa no segundo trimestre de 2021.
Snapchat e a mimetização das redes
Atualmente, o Snapchat possui mais de 600 milhões de usuários ativos mensais e 330 milhões diários. Ao todo, a plataforma tem mais de 500 mil parceiros, entre criadores e desenvolvedores. O aplicativo mantém relevância nos Estados Unidos, mas viveu grandes desafios no Brasil. Entre 2016 e 2017, a plataforma chegou a fazer sucesso por aqui. O aplicativo está entre as dez redes sociais mais usadas no mundo. No entanto, com o lançamento dos stories, função que imitava o concorrente, rapidamente a plataforma perdeu o interesse dos usuários brasileiros.
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Entre os usuários brasileiros, o Snapchat chegou a ter, em abril de 2022, cerca de 7,6 milhões de usuários, porém, com queda de mais de 15% em relação a 2021. Somente o Twitter, possui 41 milhões de usuários no Brasil.