Com quase US$ 25 bilhões em receitas, algo em torno de 29% de seu faturamento, a Sony tem nos games, atualmente, um de seus mercados mais estratégicos. Dentro deste contexto, a marca PlayStation tonou-se um ícone. O PS5, por exemplo, um dos lançamentos de maior sucesso recente da história dos games, já ultrapassou a marca de 20 milhões de unidades vendidas.
Neste contexto, o Brasil, atualmente um dos maiores mercados da games do mundo, com receitas previstas de R$ 12 bilhões anuais neste setor, é um mercado relevante para a empresa. Na semana passada, durante a Brasil Game Show (BGS), em São Paulo, esse foco ficou claro. A Playstation esteve presente com o maior estande de sua história no evento e mais de 1.000 m² e 88 estações de jogos, incluindo duas gerações de console, o PS4 e o PS5.
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“Para além da participação em eventos, há outras importantes iniciativas. Todos os nossos jogos exclusivos são lançados no Brasil simultaneamente com os Estados Unidos, Europa e Japão, e em português, com dublagem e legenda. O mesmo acontece com grande parte dos acessórios e produtos licenciados da PlayStation. Também podemos destacar a criação de conteúdos exclusivos produzidos especialmente para os fãs locais e perfis nas redes sociais, com mais de 2,3 milhões de seguidores no Instagram, 527 mil no Twitter e 351 mil no YouTube”, diz Miguel Cunha, General Manager Latam de Playstation, que conversou com a Forbes Brasil durante a passagem pelo evento.
Forbes Brasil – Pode comentar o atual momento do mercado brasileiro em relação ao potencial dos games e as perspectivas de crescimento?
Miguel Cunha – O segmento de games já superou há um bom tempo a música e o cinema dentro da indústria de entretenimento, sendo hoje o principal em termos de receita nessa área. O que temos percebido na última década é que, de forma geral, os games deixaram de ser um mercado de nicho e passaram a atrair públicos de diferentes perfis, faixa etárias e hábitos de consumo. Consequentemente, marcas de diversos segmentos não endêmicos passaram a prestar atenção nesse consumidor e buscar formas efetivas de dialogar com ele. Na própria BGS foi possível perceber isso. Há grandes fabricantes de consoles, de acessórios gamers, marcas de e-sports, mas também nomes relevantes de outros segmentos atraídos por um público crescente e cada vez mais apaixonado. O que quero dizer é que o mercado vem se tornando cada dia mais um estilo de vida e um ecossistema economicamente potente.
FB – Quais têm sido as ações de marketing e negócios de PlayStation para a região e no que elas consistem?
Miguel – Um dos nossos principais focos em relação às ações de marketing é o diálogo frequente com a comunidade e um esforço constante de aproximação com o gamer brasileiro. Um exemplo disso é a própria participação na Brasil Game Show. Após dois anos sem o evento presencial, era muito importante para a marca esse contato com os fãs. Para além da participação em eventos, há outras importantes iniciativas. Todos os nossos jogos exclusivos são lançados no Brasil simultaneamente com os Estados Unidos, Europa e Japão, e em português, com dublagem e legenda. O mesmo acontece com grande parte dos acessórios e produtos licenciados da PlayStation. Também podemos destacar a criação de conteúdos exclusivos produzidos especialmente para os fãs locais e perfis nas redes sociais, com mais de 2,3 milhões de seguidores no Instagram, 527 mil no Twitter e 351 mil no YouTube.
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FB – As pesquisas vêm mostrando um público gamer cada vez mais diversificado em plataformas e perfis, o que isso traz de oportunidades e desafios?
Miguel – A PlayStation é uma marca muito amada por brasileiros de diferentes perfis. Por saber disso, criamos um time de influenciadores que representam essa diversidade, com celebridades e criadores de conteúdo de grande variedade, que vai da apresentadora Ana Maria Braga à influenciadora Nyvi Estephan e de Marcos Mion ao ator Jonathan Azevedo. Buscamos a mesma variedade quando pensamos nos nossos games. Serviços como o novo PlayStation Plus traz centenas de jogos disponíveis, promoções frequentes e planos que se adaptam a diferentes públicos.
FB – Por fim, ao mesmo tempo que esse público vem crescendo, ele também exige cada vez mais da indústria, pode dizer o que está agenda de médio e longo prazo de vocês para seguir acompanhando esse consumidor?
Miguel – O mercado brasileiro segue sendo muito importante para a PlayStation ano após ano. Certamente, vamos aumentar os benefícios e ações voltadas aos consumidores brasileiros. E, claro, manter o canal de diálogo, ouvindo sempre o que os consumidores desejam e esperam de nós. O objetivo é sempre atingir o mais alto padrão de qualidade.