Os idosos brasileiros estão cada vez mais conectados e atuantes no ambiente digital. O percentual de pessoas com mais de 60 anos no Brasil navegando na internet cresceu 97% em 2021. A constatação é da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas.
O estudo mostrou que, mais conectada do que nunca, essa parcela da população brasileira está em busca de novas experiências virtuais, uma delas: estudar online. Dados do Mapa da Ensino Superior de 2021, mostram que, pelo menos, 198 mil idosos estão matriculados em algum curso de ensino superior. A busca por alcançar um sonho antigo, se profissionalizar em algum novo curso, a chance de ter uma formação, uma pós-graduação, todos são estímulos que em parte motivam muitos idosos a iniciar ou retomar os estudos.
“É muito comum que essa parcela da sociedade se beneficie das vantagens do ensino via internet. Também é, neste momento da vida, que, em geral, se tem maior clareza de como o estudo agrega, inclusive do ponto de vista existencial. Muitos de nossos alunos nesta faixa etária, já estão com carreira profissional e vidas estabilizadas, o que facilita a escolha. Eles enxergam no curso superior uma chance de se manter conectados”, afirma Alfredo Freitas, Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University.
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O especialista em educação e tecnologia também afirma que a procura de idosos por estudo online aumentou de forma significativa nos últimos anos. “Considerando o crescimento exponencial do ensino via internet no Brasil e no mundo, haverá cada vez menos barreiras para as pessoas na terceira idade iniciarem um curso superior seja no Brasil, seja no exterior. Precisamos terminar, de uma vez por todas, com o preconceito de que as pessoas na terceira idade não podem mais realizar nada”, afirma o educador que tem mais de 15 anos de experiência em educação e tecnologia”, destaca Alfredo.
A pesquisa da CNDL/SPC Brasil ainda aponta que pessoas da terceira idade se utilizam para acessar a internet, principalmente, com aparelhos smartphone, cerca de pelo menos 84% dos idosos. Outros meios utilizados pela melhor idade, mas em menor percentual, são notebook e computadores desktop, 37% e 36% respectivamente. Para Alfredo Freitas, o sistema educacional brasileiro, de modo geral, deve normalizar o ingresso de pessoas mais velhas.
Alfredo Freitas destaca que a busca por ensino via internet se intensificou desde o período de isolamento na pandemia, aumentando a procura por cursos online, principalmente por pessoas do grupo de risco. “Em dez anos, o crescimento dos ingressantes de ensino a distância foi de 226%, contra 19% da modalidade presencial. O número superou as expectativas para o ano de 2020. Dados recentes mostram que já são quase 10 milhões de brasileiros matriculados no ensino à distância”, analisa.