Recentemente, a Meta (controladora do Facebook e Instagram) anunciou um novo programa do Meta Verified, no qual se paga cerca de US$ 12 para que o mundo saiba que você realmente é dono daquela conta. A empresa está lançando o serviço no exterior, por enquanto, e tem uma notável semelhança com o selo azul do Twitter que testei não muito tempo atrás.
O selo azul é, principalmente, um símbolo de status de que você é a pessoa que diz ser. Até as vantagens do Meta Verified me lembram o Twitter Blue. Seu perfil aparecerá com mais frequência nas pesquisas e é uma forma de garantir que ninguém possa se passar por você. De acordo com o anúncio, você também terá atendimento prioritário.
“Algumas das principais solicitações que recebemos dos criadores são para acesso mais amplo à verificação e suporte à conta, além de mais recursos para aumentar a visibilidade. Desde o ano passado, pensamos em como desbloquear o acesso a esses recursos por meio de uma oferta paga”, explicou a empresa no anúncio. Aparentemente, você também ganha acesso exclusivo a novos recursos.
Como alguém com os olhos vendados em um quarto escuro procurando um interruptor de luz, tanto a Meta quanto o Twitter estão em busca de uma receita extra, especialmente pelo fato de que os anunciantes estão começando a se perguntar se realmente vale a pena tentar alcançar novos clientes por meio dessas plataformas.
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A assinatura de verificação mostra que as empresas de redes sociais realmente não conhecem seus próprios usuários. Os aplicativos gratuitos fornecem algum valor, mas pagar mais por serviços que deveriam ser gratuitos não faz sentido.
Para começar, se houver um distintivo de vaidade nas redes sociais, deve ser algo que você tem que ganhar ou provar que merece de alguma forma. Simplesmente pagar pelo privilégio parece anular o propósito. Um dos principais benefícios do serviço pago é que você pode conversar com uma pessoa de verdade sobre seus problemas no Facebook e no Instagram. Eu me pergunto se seria melhor fazer um produto útil que não requer tanto suporte? Ou para fornecer suporte a todos como a maioria das empresas faz?
Já mencionei isso antes, mas deixamos a mentalidade da vaidade há muito tempo. Para mim, parece uma tentativa desesperada de convencer alguns usuários desavisados a pagar por algo que realmente não fará nenhuma diferença em sua vida – virtual ou física. Agora a questão é: eles podem descobrir o que as pessoas realmente querem?
(Texto original da Forbes USA traduzido por Luiz Gustavo Pacete)