Os semicondutores, objetos responsáveis por conduzir correntes elétricas, popularmente conhecidos como “chips“, estão praticamente em todas as etapas do cotidiano cada vez mais digital. No entanto, uma sequência de crises na produção desde 2020 preocupa o mercado internacional. Dentre os segmentos diretamente atingidos pela crise dos chips estão hospitais, indústria automotiva, produtos eletrônicos em geral e até mesmo a construção civil.
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É nesse contexto, de escassez global, que a disputa para conquistar a soberania da indústria de semicondutores aumentou a rivalidade entre China e Estados Unidos. Recentemente, até a cidade de Taiwan, sede da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSCM), maior produtora de semicondutores do mundo, se tornou alvo de especulações geopolíticas devido a sua importância para a fabricação dos dispositivos. O assunto, inclusive, virou tema de livro: “Guerra dos Chips”, de Chris Miller. Segundo o autor, a disputa entre os dois países pode tornar-se um tema militar até 2027.
Veja na galeria a seguir 5 pontos cruciais na “Guerra dos Chips”:
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Canva Images A importância dos chips
Semicondutores são objetos que têm uma característica única: sua condutividade elétrica fica em algum lugar entre um condutor perfeito (como metais) e um isolante completo (como plástico). Eles são geralmente feitos de materiais como silício e, devido a essa propriedade intermediária, desempenham um papel vital na indústria tecnológica atual.
Eles são a base dos componentes eletrônicos, como transistores, diodos e circuitos integrados, que formam a espinha dorsal de dispositivos eletrônicos modernos, incluindo smartphones, computadores e até mesmo veículos. E também ferramentas digitais, como armazenamento de dados, conectividade, inteligência artificial, realidade virtual e muito mais.
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Canva Images Impacto da pandemia
As medidas para conter a pandemia impactaram significativamente a produção de semicondutores. No início, em 2020, a escassez de matérias-primas (como produtos químicos e equipamentos) diminuíram drasticamente a capacidade de produção das fábricas, que logo em seguida fecharam as portas ou operaram com capacidade mínima, ocasionando atrasos e escassez de chips no mundo todo.
Em contrapartida, houve um aumento na demanda por tecnologia, devido ao trabalho remoto, ensino à distância, dispositivos médicos, entre outros equipamentos, o que causou um aumento nos preços e uma disputa global pelos dispositivos.
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Reprodução 6. Nvidia (NVDA) (BDR: NVDC34)
Setor/Indústria: Tecnologia/Hardware
Valor de Mercado: US$ 1,1 trilhão
Relação Preço/Lucro: 61
Lucro por Ação: US$ 7,65Por que é uma top pick?
A posição da Nvidia como uma das principais ações de tecnologia em 2024 é solidificada por sua dominância no mercado de unidades de processamento gráfico e sua expansão em diversos setores de alto crescimento, como inteligência artificial e data centers. A tecnologia inovadora de GPU da empresa, incluindo avanços em IA, jogos e veículos autônomos, reforça suas perspectivas de crescimento.
Investir na Nvidia oferece várias vantagens, como sua forte posição de mercado em segmentos-chave de tecnologia, crescimento de receita consistente e foco em tecnologias de ponta que impulsionam a transformação da indústria.
Possíveis desvantagens incluem a natureza cíclica da indústria de semicondutores, vulnerabilidade a interrupções na cadeia de suprimentos e pressões competitivas de empresas concorrentes. Além disso, mudanças regulatórias e dinâmicas de mercado em evolução podem representar desafios. Apesar dessas considerações, a liderança tecnológica da Nvidia e seu papel fundamental na formação de diversos setores emergentes a tornam uma escolha de investimento atrativa para aqueles que buscam exposição a indústrias tecnológicas de alto crescimento. -
Canva Images EUA x China
O aumento de capacidade e qualificação das fabricantes chinesas colocaram a hegemonia do mercado norte-americano em uma posição de risco. Para combater a insegurança em relação à China, os Estados Unidos fizeram sanções globais para impedir a transação de países com o mercado chinês, além de proibir cidadãos americanos de trabalhar para empresas de semicondutores chinesas e impedir a exportação de matérias-primas para o país.
No dia 07 de outubro de 2022, quando os EUA anunciaram as medidas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse: “A fim de manter sua hegemonia sci-tech, os EUA têm abusado das medidas de controle de exportação para bloquear e atrapalhar arbitrariamente as empresas chinesas. Tal prática contraria o princípio da concorrência leal e as regras do comércio internacional.”
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Canva Images O desenrolar da disputa
A última decisão dos EUA envolve Taiwan, cidade que produz dois terços dos chips globais, e que é disputada politicamente pela China desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que as negociações de chips entre Taiwan e a China estão proibidas. Entretanto, além da enorme capacidade de produção, o governo chinês considera que a cidade faz parte de seu território. A situação delicada faz do termo “Guerra dos Chips” adequado o suficiente para sintetizar o que está acontecendo no momento.
A importância dos chips
Semicondutores são objetos que têm uma característica única: sua condutividade elétrica fica em algum lugar entre um condutor perfeito (como metais) e um isolante completo (como plástico). Eles são geralmente feitos de materiais como silício e, devido a essa propriedade intermediária, desempenham um papel vital na indústria tecnológica atual.
Eles são a base dos componentes eletrônicos, como transistores, diodos e circuitos integrados, que formam a espinha dorsal de dispositivos eletrônicos modernos, incluindo smartphones, computadores e até mesmo veículos. E também ferramentas digitais, como armazenamento de dados, conectividade, inteligência artificial, realidade virtual e muito mais.