A cantora e compositora Taylor Swift foi vítima de imagens falsas, feitas com inteligência artificial, sexualmente explícitas na rede social X (antigo Twitter). Esse tipo de imagem é conhecido como deepfake, uma junção de técnicas que sintetiza imagens e sons por meio de IA.
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Com a crescente repercussão do caso, os Estados Unidos estão sendo pressionados pelos fãs da cantora para adotarem medidas concretas. Bruno Sartori, jornalista pioneiro no uso de deepfakes no Brasil, comenta o caso: “A Casa Branca anunciou que o governo planeja criar uma legislação específica para combater o uso indevido da tecnologia. Parlamentares manifestaram a necessidade de criminalizar deepfakes que inserem pessoas em vídeos pornográficos.”
No Brasil, essa prática já é considerada crime, conforme o parágrafo único do artigo 216-B do código penal.
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Como se proteger das deepfakes?
A ferramenta que utiliza IA para montagens com fotos, vídeos e áudios se popularizou após uma série de conteúdos de personalidades e políticos com vozes e falas reconstruídas viralizarem na internet — inclusive o Papa Francisco, Donald Trump e Barack Obama.
Otto Pohlmann, CEO da Centric Solution, diz que “o caso destaca a necessidade de regulamentação e conscientização para mitigar tais abusos. Mas também é fundamental educar as pessoas sobre como reconhecer conteúdo manipulado”.
Em uma sociedade onde todos publicam fotos, enviam áudios e gravam vídeos, como se proteger da utilização ilegal de deepfakes? “A melhor forma de proteção é pressionar as plataformas para garantir a segurança dos usuários. Todos têm o direito de não serem expostos a conteúdo fraudulento”, responde Sartori.
Empresas como Meta, Google e Adobe já criaram selos para verificar conteúdos criados a partir de IA. Adilson Batista, fundador da Adbat, acrescenta que outro crivo importante é o da própria base de seguidores, amigos e familiares: “A validação humana tem relação com as pessoas que conhecem os artistas ou indivíduos e podem notificar se o conteúdo publicado for falso”.
O que aconteceu?
De acordo com a Reuters, o X proibiu as buscas por “Taylor Swift” na plataforma durante a última semana, quando deepfakes ilegais da cantora foram divulgadas. A busca foi reativada na noite de segunda-feira (29).