Hologramas e realidade mista: como será o carnaval do futuro?

A principal festa popular brasileira está cada vez mais digital, conectada e baseada em dados para construir repertórios que encantem os foliões

Caroline de Tilia

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São inúmeras possibilidades para o futuro da maior e mais popular festa do Brasil.

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A origem do carnaval, dependendo da tradição, país e cultura envolvidos, precede o calendário cristão, com celebrações desde a antiguidade. A festa conhecida no Brasil, que tem origem católica e, por isso, antecede a quaresma (os 40 dias de jejum até a páscoa), foi popularizada durante o século XX.

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Levando em consideração a história milenar do carnaval, é possível imaginar que a comemoração continuará por mais bons anos. Entretanto, as mudanças sociais, principalmente impulsionadas pela tecnologia, podem transformar algumas tradições da festa mais popular do Brasil.

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Em entrevista à Forbes Brasil, Tita Legarra, sócia diretora de marketing e comunicação da Fábrica de Criatividade, e Vinícius Prezado, coordenador de marketing da empresa, autores do artigo “Carnaval 2050: os fatores que mudarão a maior festa do planeta”, compartilham suas perspectivas para o futuro da celebração.

5 ideias para o futuro do carnaval:

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    Realidade mista

    “Eu acredito que, a curto prazo, o mercado do entretenimento — consequentemente o carnaval — será bastante impactado pelos óculos de realidade aumentada, como o Apple Vision Pro e o Meta Quest. Algumas grandes empresas podem comprar pontos nas avenidas e nos estádios, por exemplo, e instalar câmeras 360º para transmitir em tempo real com tecnologias imersivas para quem está em casa”, diz Prezado.

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    Hologramas

    “Imagina que legal uma projeção mapeada ou um holograma no meio da apresentação interagindo com a torcida?”, esse é um trecho do texto escrito pela dupla em fevereiro de 2023. Curiosamente, no dia 31 de janeiro de 2024, a modelo Gisele Bündchen apareceu em uma projeção de 10 metros de altura aos pés da Tower Bridge, em uma campanha da grife Boss.

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    Inteligência Artificial

    “O uso de IA pode mudar muito o carnaval nos próximos anos. A ferramenta pode ser usada para traduzir em tempo real as canções para o público de outros países, o que é uma ótima solução, mas também para ajudar na composição do samba-enredo das escolas — o que pode ser visto com desdém por quem aprecia a tradição”, comenta a dupla.

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    Gamificação

    “Nos próximos anos podemos ver a chegada de aplicativos ou sites para transformar em jogos alguns acontecimentos comuns do carnaval, como ‘quem andou mais durante o bloquinho’. A gamificação também pode ser usada na avaliação das escolas de samba”, aposta Legarra.

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    Análise de dados

    Outro palpite de Tita e Vinícius é o uso de tecnologias de mensuração para ajudar os juízes durante a análise dos desfiles. “Imagine um metrônomo automatizado capaz de determinar qual bateria foi mais harmônica”, explica Prezado.

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Realidade mista

“Eu acredito que, a curto prazo, o mercado do entretenimento — consequentemente o carnaval — será bastante impactado pelos óculos de realidade aumentada, como o Apple Vision Pro e o Meta Quest. Algumas grandes empresas podem comprar pontos nas avenidas e nos estádios, por exemplo, e instalar câmeras 360º para transmitir em tempo real com tecnologias imersivas para quem está em casa”, diz Prezado.