1. Construa uma base sólida em ciência da computação e matemática
Muitos empregos relacionados à IA precisam de uma sólida formação técnica. É essencial ter um bom domínio de algoritmos, estruturas de dados e teoria de probabilidade. Além disso, linguagens de programação como Python, R e Java são frequentemente empregadas em IA, por isso é importante ter amplo conhecimento e experiência.
Transformação digital é, principalmente, uma questão cultural, e, neste quesito, o Brasil ainda possui alguns desafios. Essa foi a constatação de um estudo realizado pela Data-Makers, em parceria com a CDN, com 104 CEOs e C-Levels de companhias dos mais diferentes tamanhos e segmentos.
Cerca de 77% da base consultada afirma que sua empresa não possui cultura de transformação digital. Outra barreira substancial evidenciada é a falta de preparo das lideranças para o tema, informação admitida por 62% dos executivos entrevistados.
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“Vemos mais empresas no nível avançado, onde há um roadmap de digitalização sistêmico definido e modelo de negócios e cultura adaptados à transformação digital; e menos empresas em estágio inicial, em que a necessidade de digitalização é reconhecida e os primeiros passos são avaliados”, ressalta aponta Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers.
Apesar dos desafios, a transformação digital segue como tema substancial para os líderes de negócios. Não por outro motivo, 97% reconhecem a importância do assunto. E ainda 62% concordam parcialmente ou totalmente que a pauta deve ser prioritária em sua empresa.
Inteligência artificial
A maior parte dos executivos, 54%, projeta um cenário de estabilidade para os investimentos em transformação digital nos próximos 12 meses. Como contraponto, o número de líderes que preveem uma diminuição desses esforços caiu pela metade, de 4% para 2%. Outros 45% dos C-Leves pretendem aumentar esses aportes, uma queda de 2 pontos percentuais no comparativo com o ano anterior.
Entre as tecnologias mais utilizadas nesse processo de transformação digital, a inteligência artificial lidera o ranking com 69%, crescimento de 28 pontos percentuais. Na sequência, o estudo aponta big data, 54%, e machine learning, 39%, como os recursos que recebem maior atenção.
“A IA é o motor para a evolução da transformação digital. A pesquisa mostra que ela já é a principal tecnologia aplicada à transformação digital. Mas, ela deve ser vista como um meio e não um fim em si própria. Por isso, no lugar de pensar em como usar a IA, os executivos devem se concentrar em como a IA ajuda a organização a atingir seus objetivos estratégicos.”, afirma Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers
Para Fábio Santos, CEO da CDN, essa tecnologia é uma ferramenta inescapável para quem busca realizar ou aprofundar a transformação digital. “Contudo, é ineficiente usá-la sem levar em conta a transformação cultural da equipe, que deve entender que as pessoas sempre serão as responsáveis pelas decisões, mesmo aquelas tomadas pela máquina. De resto, a IA só é prioridade onde puder acrescentar produtividade e rentabilidade. Se não for para isso, é desperdício de recursos.”