Valério Mateus, General Manager de Serviços para a América Latina da Lenovo, detalhou, durante participação no ForbesCast, com o editor de Forbes Tech Luiz Gustavo Pacete, como a empresa vem apoiando organizações na adoção estratégica da inteligência artificial. Mais do que fornecer tecnologia, a Lenovo atua como parceira na identificação de oportunidades, no desenho de soluções personalizadas e na construção de resultados concretos por meio de uma metodologia própria baseada na própria experiência da companhia.
Metodologia de adoção: do diagnóstico à escalabilidade
Um dos pilares dessa atuação é a metodologia estruturada de adoção da IA, que parte de um workshop chamado AI Discovery. Nele, especialistas da Lenovo e parceiros como a NVIDIA se reúnem com empresas para entender onde a inteligência artificial pode gerar valor real, evitando que a tecnologia se torne “uma excelente solução à busca de um problema”. Esse cuidado com o alinhamento entre tecnologia e necessidades de negócio é, segundo Valério, fundamental para garantir o retorno do investimento.
Ouça:
Desafios na implementação da inteligência artificial
A pesquisa global CIO Playbook, realizada pela Lenovo em parceria com o IDC, aponta que 96% dos CIOs pretendem aumentar os investimentos em IA, mas metade não se considera preparada para essa transformação. A dificuldade está em três frentes principais: começar pela tecnologia em vez do problema, ter dados desorganizados e fragmentados, e não preparar adequadamente as equipes para escalar e sustentar as soluções no longo prazo. “Se você usa essa infraestrutura para treinar o modelo de AI, você vai ter um modelo que não performa como precisaria”, alertou.
Governança de dados como pilar de confiança
Outro ponto central da conversa foi a governança dos dados. Valério enfatizou que, para empresas que trabalham com dados sensíveis, a segurança é um aspecto crítico. A Lenovo adota diferentes níveis de governança — público, privado e pessoal — e desenvolve soluções que permitem aos clientes controlar totalmente seus dados. “Eu não preciso ter acesso ao dado do cliente”, disse ele, ressaltando que mesmo soluções desenvolvidas em parceria respeitam os limites de privacidade e confidencialidade.
O fator humano na adoção de IA
Além da infraestrutura, o fator humano é chave na implementação de IA. A resistência ao uso da tecnologia por parte de usuários finais é uma realidade, como relatado por Valério ao citar um caso em que profissionais refaziam manualmente tarefas automatizadas por desconfiança nos resultados gerados. Para lidar com isso, a Lenovo recomenda que as diretrizes de uso da IA sejam claras desde o início, com envolvimento direto das áreas de negócio na construção e validação das soluções.
Da prova de conceito ao impacto real
Por fim, Valério deixou um recado direto aos CIOs e CTOs: “Não comece pela solução de tecnologia, comece pelo negócio.” A jornada da IA, segundo ele, precisa ser pensada de forma escalável, com infraestrutura adequada, gestão contínua e o apoio de parceiros confiáveis. Com modelos acessíveis, como o AI in a Box, até opções de alta performance por assinatura, a Lenovo busca democratizar o acesso à inteligência artificial e reduzir as incertezas que ainda cercam sua adoção no ambiente corporativo.
Assista:
*BrandVoice é de responsabilidade exclusiva dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da FORBES Brasil e de seus editores.
