As exportações de carne suína do Paraná e do Rio Grande do Sul têm potencial para avançar 10% neste ano e até 35% em 2022 após o reconhecimento internacional dos estados como áreas livres de febre aftosa sem vacinação, estimou hoje (27) a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
“Isto, com a possibilidade de embarques de carne suína com osso e miúdos para o mercado chinês – atual principal importador dos produtos brasileiros”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
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O reconhecimento foi confirmado mais cedo pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal, na sigla em inglês) e, junto à Santa Catarina, que possui este status sanitário desde 2007, os três principais Estados produtores de suínos do país terão acesso a mercados de melhor valor agregado.
Juntos, Paraná e Rio Grande do Sul poderão ter receita cambial superior a US$ 1,2 bilhão em 2022, ante US$ 820 milhões registrados em 2020, conforme dados da associação.
“Estes Estados terão possibilidade de acesso aos mercados mais exigentes do mundo, como é o caso do Japão, EUA, Coreia do Sul, Chile e Filipinas”, acrescentou no comunicado o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
Japão e Coreia do Sul estão entre os mercados que o Brasil deverá focar para ampliar suas vendas de carnes, após o reconhecimento do novo status sanitário, disseram autoridades, após o anúncio.
No caso do Rio Grande do Sul, a entidade estima que há potencial para alcançar até 293 mil toneladas em exportações neste ano, gerando receita de aproximadamente US$ 715 milhões – US$ 86 milhões a mais que em 2020.
Para 2022, as vendas gaúchas poderão chegar a 350 mil toneladas, com uma receita cambial estimada em US$ 850 milhões. Como referência, em 2020 os embarques totais do Estado alcançaram 261 mil toneladas com uma receita de US$ 629 milhões.
No caso do Paraná, existe potencial para exportação de 145 mil toneladas em 2021, um acréscimo de mais de 5% em relação ao ano de 2020, com receitas estimadas na ordem de US$ 332 milhões.
Para o ano que vem, as projeções da ABPA indicam que poderão ser exportadas 165 mil toneladas pelas companhias paranaenses, com uma receita cambial de US$ 377 milhões.
Além dos dois Estados, Acre, Rondônia, parte do Amazonas e de Mato Grosso também estão entre as novas áreas reconhecidas pela OIE como livres de aftosa sem vacinação. Nestas regiões, a principal cadeia beneficiada é a de bovinos. (Com Reuters)
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