Hoje, 17 de julho, é comemorado o Dia de Proteção às Florestas. O Brasil, que é dono da maior floresta tropical do mundo, a Amazônica, não deve proteger somente ela. Segundo o SIF (Serviço Florestal Brasileiro), há no país 498 milhões de hectares de florestas, dos quais 98% são compostos de florestas naturais e 2% de florestas plantadas, como eucalipto e pinus para a fabricação de papel e celulose, por exemplo. Outra conta: do total de hectares, cerca de 55% são florestas em áreas públicas e 45% em áreas privadas.
O agronegócio, do pequeno produtor às mega fazendas, tem levado a pecha de desmatadores e destruidores da floresta por parte da sociedade. Mas há um movimento, hoje, para mostrar que os verdadeiros produtores não precisam desmatar ilegalmente um palmo de floresta para aumentar a produção de comida. É fato que o Brasil passou de importador de alimentos na década 1970 – creia, o país já importou carne e grãos para alimentar sua população – a um dos maiores exportadores globais de alimentos. Hoje, com uma população de 200 milhões de habitantes, o país produz alimentos para 1,2 bilhão de pessoas. Para alcançar esse feito foi preciso desmatar parte das áreas agricultáveis, o que hoje não faz mais sentido porque é possível aumentar a produtividade sem desmatar ilegalmente. O movimento é para separar o “joio do trigo”: os produtores que plantam, criam e cuidam de suas propriedades, dos desmatadores ilegais que devem ser punidos no rigor da lei.
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Mas, para proteger as áreas nativas, o papel dos produtores não para aí. Do total de florestas protegidas nas áreas privadas, parte delas está dentro das fazendas. De acordo com um levantamento da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), na unidade Embrapa Territorial, localizada em Campinas (SP), há 176,8 milhões de hectares de vegetação nativa preservada nas propriedades rurais. A área equivale a 1.770.000 quilômetros quadrados ou 437 milhões de acres. Essas áreas preservadas significam 20,5% do território brasileiro.
Os dados sobre o papel das fazendas na preservação do meio ambiente tem como base o CAR (Cadastro Ambiental Rural), que possui em sua base 6,95 milhões de propriedades rurais que ocupam uma área de 630 milhões de hectares, de acordo com o SIF. As reservas florestais e as áreas de proteção permanentes são regidas pelo Código Florestal aprovado em 2012. Portanto, está nas leis o papel dos produtores rurais de guardiões de parte da vegetação nativa. A preservação praticada significa um ambiente saudável, ativas nascentes de água, solo protegido nas áreas de cultura, e diversidade de fauna e flora que equilibra o biota da fazenda, termo para designar o conjunto de todos os seres vivos de uma determinada área. Para esse conjunto de produtores preservar faz parte do negócio.
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