Uma parceria da Sagrima (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Maranhão) e da GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), agência alemã de cooperação internacional, selecionou 30 produtores de soja do Maranhão para cooperar com a ADM, trader norte-americana de commodities agrícolas, em um projeto de cultivo de soja sustentável.
Intitulado “Cadeias Sustentáveis”, o projeto pretende levar conhecimento técnico para que agricultores do estado atuem dentro das melhores práticas e acompanhem a evolução da performance socioambiental de suas propriedades, além de gerar mais informações sobre a produção na região, uma das novas fronteiras agrícolas do país. A expectativa é que a iniciativa viabilize a produção de 200 mil toneladas de soja sustentável no estado do Maranhão.
Além da ADM, o projeto também conta com o suporte da Produzindo Certo, empresa especializada na transformação responsável de cadeias produtivas do agronegócio.
“Os fornecedores de soja da ADM cumprem rigorosamente todos os parâmetros legais ambientais e sociais, muitos até fazem mais do que é exigido pela lei. Desde 2009, temos uma parceria com a Produzindo Certo para produzir soja sustentável, e o nosso objetivo é ampliar a performance socioambiental das propriedades e demonstrar os benefícios dessa gestão responsável”, explica Diego Di Martino, líder da área de sustentabilidade ADM Latam.
Bayer inicia programa inédito de capacitação em agricultura digital
Aproveitando a popularização da agricultura digital, a química e farmacêutica alemã Bayer criou uma nova funcionalidade para a sua plataforma Climate FieldView. Serão oferecidos cursos de capacitação sobre a digitalização no campo e o uso de ferramentas digitais.
“Com o domínio de ferramentas digitais, o produtor pode olhar para as necessidades de cada metro quadrado de sua propriedade. Pode, por exemplo, ser mais assertivo na quantidade de sementes ou de fertilizantes que o seu solo realmente precisa, ou se basear em dados para saber qual o melhor momento para controlar uma praga na lavoura”, afirma Abdalah Novaes, líder de negócios da Climate FieldView na América Latina.
A plataforma, também chamada de Universidade FieldView, foi criada ainda no fim de 2020 para a capacitação do público interno da Bayer. Conforme nota, “serão dois módulos iniciais para todos os públicos, ambos de curta duração, 100% digitais e sob demanda: Introdução à Agricultura Digital e Plantio na Era Digital. Os cursos podem ser resgatados ou trocados por pontos pelo marketplace da Orbia”, uma plataforma de fidelização do agricultor.
BP Bunge e Coopercitrus fazem primeira operação de barter com a fixação de ATR de cana no mundo
A BP Bunge Bioenergia, joint-venture entre a norte-americana Bunge e a britânica BP, e a Coopercitrus – Cooperativa de Produtores Rurais, viabilizaram a primeira operação completa de barter a partir da fixação de preços futuros de ATR (açúcares totais recuperáveis) de cana no mundo. Operação bastante conhecida em outras commodities, o barter prevê o financiamento dos insumos, defensivos, fertilizantes e serviços para a lavoura utilizando uma parte da produção como moeda de troca para o pagamento das despesas.
Na operação viabilizada pelas empresas, a beneficiada, a Avance Agropecuária, de Itumbiara (GO), terá garantida a fixação de seus custos de insumos, taxas financeiras e o preço final do ATR produzida a partir de negociação antecipada e intermediada pela BP Bunge, com referência nos valores do Consecana (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol do Estado de São Paulo).
“Estamos certos de que nossos aliados, os produtores de cana, perceberão que esta é uma alternativa inovadora para reforçar a sustentabilidade de suas empresas no longo prazo. Antes, o produtor temia fixar o preço futuro de seu produto sem saber quanto seria a variação de seus custos principais”, afirma Adriano Dalbem, diretor de originação e suprimentos da BP Bunge Bioenergia. “Com o modelo que viabilizamos, custos e receitas são travados. Há segurança de margem e previsibilidade, o que é fundamental para o negócio.”
Ubyfol, empresa de nutrição vegetal, cria braço logístico
A Ubyfol, empresa mineira de nutrição vegetal, está investindo para crescer no mercado de fertilizantes e disputar lugar entre as maiores do país. Para isso, está criando um novo braço de logística do grupo, a Allas Operações Logísticas, e também a Holding Uby Agro que abrigará todos os negócios da companhia e dará suporte para o grande projeto de internacionalização da empresa.
A expectativa é estender a operação para países como Guatemala, México, Colômbia, Argentina e EUA e, dessa forma, alcançar um faturamento de R$ 1 bilhão até 2025.
Tereos vai comercializar créditos de energia renovável
A francesa Tereos, produtora de açúcar, etanol e energia através da fonte de biomassa no Brasil, recebeu o I-REC (Certificado Internacional de Energia Renovável).
A certificação gera créditos de energia renovável que podem ser comercializados pela empresa. Com a agenda ESG cada vez mais forte, muitas empresas passaram a adquirir energia somente de fontes geradoras certificadas pelo I-REC. “Dessa forma, além de potencializar os ganhos financeiros, a certificação contribui com o fortalecimento do negócio atendendo uma demanda crescente dos nossos clientes e parceiros no mercado”, afirma Gustavo Segantini, diretor comercial da Tereos.
A Tereos possui um potencial de geração de energia de 1,4 milhão megawatts/hora para comercialização e a perspectiva é de ter metade desse montante disponível para a geração de créditos de energia renovável destinados à negociação no mercado ainda em 2021.
Colheitômetro, da New Holland, amplia número de culturas mostradas em tempo real
O Colheitômetro, dispositivo lançado pela New Holland Agriculture para contabilização em tempo real da colheita das principais commodities agrícolas brasileiras, ampliou o número de culturas que é capaz de acompanhar.
Além de soja, milho, trigo, cana-de-açúcar e arroz, a tecnologia agora também é capaz de calcular o volume e os valores em reais que as colheitas de feijão e algodão representam para a economia.
“O Colheitômetro vai nos ajudar a mostrar o trabalho de quem muitas vezes está distante dos holofotes e faz a diferença para toda a sociedade, desde o grande produtor até os agricultores familiares, passando pelas cooperativas e associações ligadas à produção de alimentos”, afirma Rafael Miotto, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América do Sul.
Fazenda Basf vai mostrar o que é o agronegócio brasileiro
A Basf, multinacional de biotecnologias para o campo, está abrindo as portas da sua fazenda. A empresa criou uma plataforma online para agricultores e demais profissionais do setor trocarem experiências e conhecerem mais sobre tecnologias da marca, mercado e tendências do setor.
“A Fazenda Basf é um espaço virtual onde manteremos o nosso contato próximo com o agricultor. Trouxemos o campo para o mundo virtual, com a possibilidade de interação verdadeira sem perder o nosso propósito de contribuir com o legado dos agricultores”, diz Eduardo Novaes, diretor de marketing da divisão de soluções para agricultura da Basf.
Na plataforma há ambientes criados para interação do público como, por exemplo, um auditório onde serão realizados eventos como palestras e webinars. Há também um espaço de feiras que reproduz os estandes com informações sobre produtos e serviços.
Necton e Ecoagro anunciam emissão de CRA da Café Brasil
A Necton e a Ecoagro, em parceria com a Café Brasil, emitiram CRA (Cédula de Produto Rural) no valor de R$ 30 milhões. A operação foi liquidada em 25 de agosto de 2021.
“A empresa está em um momento de expansão”, diz Cristiano Macedo, head comercial da Ecoagro. A captação por meio da emissão do CRA possui prazo de 4 anos com pagamento de principal no vencimento e juros anuais, e foi distribuído para 38 investidores.
O CRA emitido tem como objetivo financiar a venda de fertilizantes aos produtores rurais em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. A Café Brasil atua no segmento de fertilizantes especiais, principalmente nas áreas cafeeiras do país
UPL investirá US$ 1,25 milhão em startups que miram o mercado de carbono
A UPL, uma das maiores companhias globais de soluções agrícolas, investirá US$ 1,25 milhão – cerca de R$ 6,46 milhões, na cotação atual – em duas startups que podem impactar a cadeia de produção de alimentos por meio da redução das emissões de carbono e da melhora da saúde do solo. As empresas serão selecionadas no “Radicle Carbon and Soil Challenge by UPL”, um desafio realizado em parceria com a Radicle Growth, plataforma de construção de startups para tecnologias agrícolas e alimentares.
O desafio busca por tecnologias disruptivas e inovadoras na cadeia de produção, abrangendo ferramentas digitais, supply chain, produtos biológicos, nutrição vegetal, fintech (tecnologia financeira), novos modelos de negócios, gestão em pecuária e MRV (monitoramento, reporte e verificação), além da saúde do solo e dos mercados de carbono. O vencedor da competição ganhará um investimento de US$ 1 milhão (R$ 5,17 milhões), enquanto o segundo colocado receberá US$ 250 mil (R$ 1,29 milhão).
Halal já representa 40% das exportações brasileiras de carne de frango
A produção de carne de frango no Brasil em 2021 deverá alcançar 14,5 milhões de toneladas, das quais 4,35 milhões serão exportadas, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Os números, se confirmados, representam recordes históricos. Do total embarcado, a carne halal responde por 40%.
Halal, que em árabe significa aquilo que é lícito, permitido, autorizado, é um conjunto de normas religiosas que orientam muçulmanos sobre como se comportar, o que falar ou vestir. No caso da alimentação e, mais especificamente, da carne de frango, estabelece que ela apenas pode ser consumida caso o animal seja abatido de determinada forma, minimizando seu sofrimento. Só assim o alimento recebe a certificação devida e pode ser exportado a países como Arábia Saudita ou Emirados Árabes.
“Esse mercado halal vem crescendo ano após ano, não só pela demanda dos países árabes, mas também por conta das comunidades muçulmanas espalhadas por todo o mundo”, afirma Matias Hees, CCO da Garra, empresa que atua no mercado halal. “O Oriente Médio é muito relevante, claro, bem como o norte da África, mas China e União Europeia também têm aumentado sua participação no segmento.”