A Tereos, uma das empresas líderes em produção de açúcar e etanol no Brasil, informou hoje (4) que elevará a destinação de cana para a produção do adoçante a 65% na temporada recém-iniciada 2022/23, reduzindo a participação do etanol no “mix” da matéria-prima para 35%.
A empresa disse ainda que iniciou a safra 22/23 com expectativa de processar 17 milhões de toneladas de cana, “após uma safra que apresentou desafios para o setor por conta das condições climáticas”.
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O mix de produção da companhia deve continuar mais açucareiro, afirmou a empresa, mas será ainda maior do que foi no ciclo passado (62%), enquanto o etanol recebeu 38% da cana em 2021/22.
A companhia disse que iniciou a safra contando com “um bom nível de fixação de preços” de açúcar para o período, “acima do que foi registrado na safra 21/22, e que pode se manter para 23/24”.
“Temos uma perspectiva mais otimista, dadas as condições climáticas menos desafiadoras e preços de commodities em alta no momento. Com flexibilidade para trabalharmos nosso mix de produção, podemos nos adaptar a diferentes cenários”, afirmou o diretor-presidente da Tereos no Brasil, Pierre Santoul, em nota.
A Tereos é uma das líderes nos mercados de açúcar, álcool/etanol e amidos no mundo, com 44 unidades industriais e operações em 13 países. No noroeste do Estado de São Paulo, a Tereos Açúcar & Energia Brasil concentra suas sete unidades de processamento e duas refinarias.
A companhia disse também que “segue acreditando no potencial do etanol e em sua importância para a economia de baixo carbono”.
Recentemente, disse a Tereos, conquistou a certificação CARB, que permite a comercialização de etanol para a Califórnia, reforçando o baixo teor de emissão de GEEs (gases de efeito estufa) em sua produção do biocombustível.
A unidade de Tanabi da Tereos obteve o melhor resultado de CI (índice de intensidade de carbono) entre os produtores certificados de etanol de cana-de-açúcar do país, destacou.
A Tereos também investiu na construção de uma planta para produção de biogás na unidade Cruz Alta, “o que nesta safra permitirá acelerar os planos da empresa para a geração de biometano que irá abastecer caminhões da frota agrícola, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis”.