Maio é o mês das mães — um período especial, marcado por homenagens, lembranças e, principalmente, pela valorização do cuidado. É também uma boa oportunidade para refletir sobre a saúde de quem cuida.
Neste ano, o Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, trouxe um tema que conversa diretamente com essa ideia: “Começos Saudáveis, Futuros com Esperança”, campanha da Organização Mundial da Saúde que destacou a importância da saúde materna e dos bebês recém-nascidos. O foco é prevenir mortes evitáveis e garantir que gravidez, parto e os primeiros meses de vida sejam vividos com mais apoio e segurança.
Nesse contexto, um tema essencial precisa ser lembrado e valorizado: a amamentação. Amamentar é um gesto de amor, sim, mas também um ato poderoso de proteção — tanto para o bebê quanto para a mãe. É um dos primeiros passos para garantir um começo de vida com mais saúde, nutrição e acolhimento.
O que muita gente não sabe é que amamentar também protege a mulher contra o câncer de mama. A prática reduz a exposição da mãe a hormônios que aumentam o risco da doença, ajuda o corpo a eliminar células mamárias com mutações e oferece um efeito protetor que aumenta com o tempo de aleitamento. Para se ter uma ideia, quando a amamentação dura dois anos, o risco de câncer de mama pode cair em até 10% ao longo da vida.
Ou seja, além de fortalecer o vínculo com o bebê e trazer inúmeros benefícios para a saúde da criança, o aleitamento materno é um verdadeiro escudo para a mãe. E neste mês das mães, nada mais justo do que reforçar a importância de apoiar, incentivar e acolher essa prática tão fundamental para a vida.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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