Mais dois navios, transportando milho e soja, partiram dos portos ucranianos do Mar Negro hoje (8), disseram Turquia e Ucrânia, elevando o total de embarcações para dez desde que a primeira partiu na semana passada sob um acordo com a Rússia para desbloquear as exportações de grãos ucranianos.
As Nações Unidas e a Turquia intermediaram o acordo no mês passado, após alertas de que a interrupção nos embarques de grãos causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia poderia levar a uma grave escassez de alimentos e até mesmo a surtos de fome em partes do mundo.
O Sacura, que partiu de Pivdennyi, está transportando 11.000 toneladas de soja para a Itália, disse o Ministério da Defesa da Turquia nesta segunda-feira, enquanto o Arizona, que deixou Chornomorsk, está transportando 48.458 toneladas de milho para Iskenderun, no sul da Turquia.
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Já o Polarnet, que partiu na sexta-feira, chegou ao seu destino final em Derince, no noroeste da Turquia, na manhã de segunda-feira para ser descarregado, marcando a conclusão do primeiro embarque desde que as exportações foram relançadas.
Até agora, cerca de 243.000 toneladas de milho foram exportadas da Ucrânia em sete navios desde a primeira partida em 1º de agosto, de acordo com uma contagem da Reuters a partir de dados do Ministério da Defesa da Turquia.
Os outros navios transportavam 11.000 toneladas de soja, 6.000 toneladas de óleo de girassol e 45.000 toneladas de farelo de girassol.
O ministro da Infraestrutura da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov, confirmou que dois navios deixaram os portos do país na segunda-feira, acrescentando que Pivdennyi, o terceiro porto ucraniano incluído no acordo, está finalmente funcionando como parte da iniciativa.
Kubrakov havia dito anteriormente que a abertura da Pivdennyi elevaria a capacidade total de exportação da Ucrânia para três milhões de toneladas por mês.
Em tempos de paz, a Ucrânia exportava até seis milhões de toneladas de grãos por mês de seus portos na costa do Mar Negro e do Mar de Azov.
A retomada das exportações de grãos está sendo supervisionada por um Centro de Coordenação Conjunta (JCC) em Istambul, onde estão trabalhando funcionários russos, ucranianos, turcos e da ONU.