Sucessores nas fazendas, como Isabela Busato, estão cada vez mais apostando na educação para a gestão
Isabela Tumelero Busato tem 31 anos. Ela é a terceira geração de sucessores do Grupo Busato, produtor de algodão, milho e soja no Oeste da Bahia, com sede em Barreiras e fazendas nos municípios de São Desidério, Serra do Ramalho e Jaborandi. Isabela é formada em engenharia agronômica e hoje responde pela área financeira da empresa, mas os planos para o futuro na companhia são outros: assumir os negócios da família está em seu radar. “É preciso pensar em talentos na nossa empresa”, diz ela. “Me vejo cuidando da área de gente e gestão, para que possamos desenvolver bons profissionais dentro de casa”. As fazendas empregam cerca de 800 pessoas.
A cerca de 700 quilômetros das fazendas da família Busato, em Cristalina (GO), um dos municípios com maior área irrigada do país, outro engenheiro agrônomo, Luis Felipe Bonato, 25 anos, da fazenda São Nicolau, tem o mesmo olhar sobre a proteção dos negócios da família. “Como somos apenas eu e meu pai, não temos grandes problemas em relação à divisão de tarefas e bens. Então, é uma oportunidade de adquirir mais conhecimentos em gestão, com foco em crescimento futuro”, diz.
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A oportunidade a que se refere Luís Felipe foi oferecida a ele e à Isabela pela Agro Bayer Brasil, subsidiária da multinacional de nutrição e saúde Bayer, de olho nessa geração que começa a entrar na gestão das propriedades rurais. Ela ainda é monitorada pelas famílias, mas estão querendo mais. A Agro Bayer vai lançar ainda neste ano a primeira edição do XBS (Xponential Business Succession), como parte do Impulso Bayer Academy, programa de relacionamento da companhia. Isabela e Luis Felipe já disseram sim ao projeto.
“Há mais de cinco anos, estamos estruturando o plano de sucessão para evitar possíveis conflitos, proteger os negócios e desenvolver a empresa, mas entendemos que é necessário ir além do planejamento”, afirma Isabela. “É preciso apostar em jornadas de conhecimento como essa para que a gente esteja preparado quando chegar a nossa hora de assumir o comando.”
Para Luis Felipe, é o momento de abrir sua visão de mundo. “Também verei de perto quais estão sendo as novidades empregadas no agronegócio ao redor do mundo e isso sem dúvida será crucial para darmos um passo a mais em relação às novas tecnologias para dentro da porteira.” Ele se refere às viagens técnicas a outros países, como parte do conteúdo do projeto da Bayer.
Em parceria com a StartSe, plataforma de conhecimento em negócios, o curso vai durar 10 semanas e acontece de forma híbrida para 70 participantes, com conteúdo online e dois encontros presenciais. O conteúdo tem sua vertical baseado em inovação, sustentabilidade, transformação digital e gestão.
“O agro é um dos principais setores da economia e enfrenta diariamente diversos desafios, que demandam um olhar inovador. Preparar novas lideranças para o campo é fundamental para a construção de um futuro da agricultura mais sustentável”, diz Vinicius Faião, diretor de experiência do cliente da Bayer. “Queremos que os próximos líderes não se baseiem nos modelos do passado, mas sim que olhem para a demanda atual e para as mudanças que o mercado irá exigir e que necessitam de um maior investimento em tecnologia dentro da porteira e na gestão da propriedade.” A viagem internacional de conhecimento deve durar cinco dias, com destino ao campus da Iowa State University, em Ames (EUA). O período de estudo encerra o curso iniciado no Brasil.
