A exportação de milho do Brasil foi estimada ontem (15) em 6,64 milhões de toneladas em novembro, aumento de mais de 600 mil toneladas na comparação com os dados da semana anterior, segundo números da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
Caso a previsão seja confirmada, o Brasil embarcará volume acima do registrado em outubro (6,24 milhões de toneladas), marcando o quarto mês seguido com embarques acima de 6 milhões de toneladas, em período em que o segundo maior exportador global de milho acelera o escoamento após a colheita da segunda safra, que foi recorde.
Os dados da Anec são baseados nas informações da programação de navios, cuja velocidade de embarques nos portos depende de fatores como o clima.
Os embarques de novembro deverão permitir que, mesmo faltando um mês para o encerramento do ano, o Brasil já supere de longe — no acumulado de 2022 — as 20,6 milhões de toneladas da exportação de todo o ano de 2021, quando uma quebra de safra limitou os negócios.
A Anec projeta exportações de 38,5 milhões de toneladas de janeiro a novembro.
Analistas preveem que o Brasil poderá exportar mais de 40 milhões de toneladas neste ano, após ter sido beneficiado por uma lacuna na oferta na Ucrânia, importante exportador, e pela seca na comunidade europeia.
A exportação de soja do brasil deve alcançar 2,3 milhões de toneladas em novembro, ante 2,43 milhões na previsão da semana anterior e 2,15 milhões no mesmo mês de 2021.
Já a exportação de farelo de soja deve atingir 1,59 milhão de toneladas, versus 1,45 milhão estimados na semana anterior e 1,25 milhão em novembro do ano passado.