A Shell e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) firmaram uma parceria para o desenvolvimento do agave, cultivar típico do sertão brasileiro, como nova fonte de biomassa, e há planos também da construção de plantas-piloto de processamento e refino a serem instaladas na Bahia, para produção de biocombustíveis.
O programa denominado Brave (Brazilian Agave Development) receberá um investimento de R$ 30 milhões, disse Shell em nota hoje (10).
Segundo a companhia, o potencial produtivo do agave se assemelha ao encontrado na cana-de-açúcar cultivada em outras regiões do Brasil.
O objetivo é tonar o agave mais uma fonte eficiente e produtiva, capaz de capturar e armazenar grandes quantidades de carbono.
O desenvolvimento do Brave contempla soluções biológicas para a melhoria da produtividade, adaptabilidade e resistência do agave, assim como a criação, pela primeira vez no mundo, segundo a Shell, de equipamentos para plantio e colheita deste cultivar.
“Queremos ajudar a criar tecnologia para um novo conceito de produção de bioenergia no país, que pode viabilizar o surgimento de uma nova cadeia industrial colocando o Sertão Brasileiro como potencial polo produtor de biocombustíveis para o mundo”, disse, em nota, Alexandre Breda, gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell Brasil.
O programa tem duração prevista de cinco anos e está alinhado à estratégia global de descarbonização da Shell, que tem entre os seus pilares centrais alcançar emissões líquidas zero até 2050.