O Mato Grosso, maior estado produtor de grãos e oleaginosas no país, tem potencial de produzir até 63,6 milhões de toneladas de soja na safra 2031/32, o que seria um aumento de 55,7% em dez anos a contar da última temporada, estimou hoje (14) o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).
O avanço considera o cenário mais otimista para a produção.
Na média do intervalo estimado, a colheita de soja poderia crescer de 40,85 milhões de toneladas em 2021/22 para 57,97 milhões dez anos depois.
O desempenho viria na esteira de uma elevação de 43,8% na área de plantio, para 16,5 milhões de hectares, sobre áreas atualmente utilizadas na pecuária, afirmou a coordenadora de Inteligência de Mercado do Imea, Monique Kempa.
“Os 5 milhões de hectares de crescimento são conversões de áreas de pastagens, sem desmatamento”, destacou a especialista do instituto ligado a produtores.
No cenário mais otimista, a área poderia alcançar 18,05 milhões de hectares.
Os produtores rurais de Mato Grosso aumentaram para 33% a aplicação de recursos próprios para financiar a safra de soja 2022/23, alta de 10 pontos percentuais no comparativo anual, diante de elevações nas taxas de juros para tomada de crédito e custos de produção maiores, disse hoje (14) o Imea.
Além disso, o valor dos recursos do Plano Safra foi considerado insuficiente, dado o alto patamar de despesas principalmente com insumos, o que contribuiu para que o agricultor utilizasse mais recursos próprios na operação, disse a coordenadora de Inteligência de Mercado do Imea, Monique Kempa.
Segundo ela, o custo operacional total, que cresceu 50,5% na soja do estado nesta temporada, pode avançar mais 4,8% no ano que vem, puxado por um incremento nos valores de defensivos. Fertilizantes e sementes podem recuar de preço, ficando mais acessíveis para a safra 2023/24.