A safra de soja do Brasil 2022/23 deverá somar um recorde de 153 milhões de toneladas, de acordo com relatório publicado hoje (9) pelo adido do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), que elevou sua estimativa por aumento na expectativa de área plantada e de chuvas para as lavouras.
Anteriormente, o adido havia estimado a safra brasileira em 148,5 milhões de toneladas.
O adido elevou a previsão de plantio para 43,3 milhões de hectares, ante 42,8 milhões de hectares na projeção anterior.
“Considerando que a demanda global deve permanecer robusta, os agricultores brasileiros buscaram reinvestir os lucros de sua última colheita; portanto, a expansão da área plantada deve ficar acima da tendência prevista”, disse.
A previsão considera clima dentro da média para o restante o desenvolvimento das lavouras e uso otimizado de insumos (sementes, fertilizantes, produtos químicos), segundo o relatório.
Ele ponderou que nos Estados do Sul do Brasil as chuvas são necessárias, já que se o tempo seco continuar a produtividade será afetada negativamente.
O adido ainda elevou a previsão de exportação de soja do Brasil para um novo recorde de 97 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento no país foi visto em 51,5 milhões de toneladas.
Ele lembrou que o mandato de biodiesel, que será decidido até março, deverá influenciar o volume de processamento.
Os números do adido não podem ser considerados os oficiais do USDA, cuja estimativa para a produção brasileira é de 152 milhões de toneladas. O órgão vai atualizar os números na próxima quinta-feira (12).