O saldo global de oferta de café na temporada 2023/24 deve ficar quase equilibrado entre produção e consumo, já que a safra brasileira crescerá apenas ligeiramente este ano, informou o Rabobank em relatório hoje (01).
O banco holandês agora vê um pequeno superávit de apenas 1,6 milhão de sacas de 60 kg no balanço global de oferta de café em 2023/24, abaixo da estimativa anterior de 4 milhões de sacas.
A safra do Brasil foi estimada pelo banco em 67,1 milhões de sacas para 2023, em comparação com 63,2 milhões de sacas em 2022.
Carlos Mera, chefe de pesquisa de commodities agrícolas, disse no relatório que, apesar das preocupações gerais com a demanda, ela ainda deve crescer, embora em taxas menores. O relatório prevê um aumento global de 1,6%, “bem abaixo da taxa de crescimento anual típica de 2,3%, observada nas duas décadas anteriores à pandemia de Covid-19”.
Um relatório separado do banco no dia anterior confirmou uma queda nas vendas em volumes de algumas das principais empresas de café nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial, após fortes aumentos de preços.
O Rabobank espera que a produção da Colômbia se recupere da fraca temporada 2022/23, quando o país – o segundo maior produtor de café arábica – colheu apenas 11,8 milhões de sacas. Ele vê a produção de café colombiano em 14 milhões de sacas em 2023/24.
A safra do Vietnã deve crescer de 500.000 sacas para 29,5 milhões de sacas em 2023/24. O país asiático é o maior produtor de robusta, tipo amplamente utilizado para fazer café solúvel.
A demanda global total de café em 2023/24 foi estimada em 173,2 milhões de sacas, enquanto a produção foi projetada em 174,8 milhões de sacas.