A Forbes recebeu na noite desta terça-feira (2), em Ribeirão Preto (SP), durante a Agrishow, um grupo de mulheres de todo o país para a apresentação do FMA (Forbes Mulher Agro). O FMA nasce como um espaço de mulheres influenciadoras, resultado das ações que a Forbes vem promovendo nos últimos anos de identificar e se aproximar de um público qualificado que cada vez mais está na gestão e decisão de negócios que se espalham por toda a cadeia produtiva de alimentos, fibras e bioenergia.
“Trouxe a Forbes para o Brasil há 11 anos e venho tentando entender quais as necessidades dos nossos leitores. O Agro, que puxa a economia do país, tinha que ter uma presença importante dentro disso, e as mulheres também,” diz Antonio Camarotti, CEO e publisher da Forbes Brasil.
Na última década, os movimentos de organização das mulheres têm se intensificado com base não apenas no grau de formação, com cursos e MBAs cada vez mais frequentados por mulheres do setor, como também em um intenso trabalho de consultorias e empresas na promoção de mentorias que levem essas mulheres a galgar postos de comando, indo a cargos de diretoras e presidentes.
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Para a produtora rural e engenheira de alimentos Helen Jacintho, presidente do FMA, o grupo é um espaço de networking, acolhimento e negócios. “Não estamos aqui a passeio. O grupo existe para discutir o setor e os rumos do setor. Proximidade é poder”, afirma ela.
A Forbes Agro faz parte do complexo de informações da Forbes para mostrar a pujança do setor em suas várias plataformas. Vale registrar que a Forbes Brasil é a única Forbes no mundo com uma editoria exclusivamente focada na cadeia do agronegócio. “No caso das mulheres, a Forbes tem acompanhado de perto e mostrado a importância de contar boas histórias nas quais elas são as protagonistas”, diz Vera Ondei, editora da Forbes Agro. “Já publicamos a Lista Forbes das 100 Mulheres Poderosas do Agro, em 2021, que se pautou por mostrar como é diverso o mundo feminino das lideranças do setor. No ano passado, realizamos um levantamento inédito dos grupos de mulheres que se formaram em comunidades nos últimos anos e acredito que eles vão crescer ainda mais.”
Mulheres do agro são retratos da pujança no campo
Cerca de 1 milhão de mulheres estão no comando de propriedades rurais. Embora o número seja considerável, elas ainda representam uma parcela pequena, já que o Brasil possui aproximadamente 5 milhões de propriedades rurais. O movimento de uma maior presença feminina, em um primeiro momento, se deu nos processos de gestão de recursos humanos. Esse passo abriu caminhos para que as mulheres chegassem à gestão total. Hoje, essa passagem para uma participação mais robusta na governança já não tem esse tipo de “pedágio”.
Os grupos de mulheres são importantes para inspirar as gerações futuras no setor, diz Carla de Freitas, cofundadora e presidente do Núcleo Feminino do Agronegócio. “Quando eu comecei a tocar minha fazenda sozinha, existiam poucas mulheres nesse lugar e agora nós abrimos o caminho”, lembra. Freitas é fazendeira em Rondônia, no município de Chupinguaia. Na década de 2000, o local foi uma referência na criação e engorda de gado de corte para o programa da carne nelore de qualidade. Nos últimos anos, transformou totalmente sua fazenda ao empregar o sistema ILP (integração lavoura-pecuária), indo também para o cultivo.
Foi a busca por apoio mútuo que levou Freitas e um grupo de fazendeiras a fundar o NFA. Elas estão entre as pioneiras do movimento atual de formação de comunidades femininas que se multiplicam pelo país e não por acaso integram o Forbes Mulher Agro. “Os desafios do futuro são coletivos, então toda coletividade tem um potencial enorme. Em especial para as mulheres que têm essa coisa de gostar do coletivo. É a força das mulheres olhando para os desafios e agendas fundamentais para o setor, juntas”, diz Giovana Araújo, sócia e líder do agronegócio na KPMG Brasil.
Carmen Perez, pecuarista, ativista da causa de bem-estar animal e colunista da Forbes Agro, também observa esse movimento. “É um privilégio estar aqui e ver o crescimento da mulher no campo, nas indústrias, nas empresas. Quando eu me mudei para a fazenda, dava para contar nos dedos as mulheres nos congressos. Hoje não, nós ocupamos esse lugar”, diz. Carmen se tornou uma das figuras mais requisitadas do país para tratar de questões ligadas ao bem-estar animal, com o movimento chamado “Quando ouvi a voz do campo”.
As tarefas de liderança, que são desafiadoras para todo o setor, ganham aliadas poderosas com a ação dessas mulheres. O protagonismo feminino ultrapassa a porteira das propriedades, ou seja, já não bastar produzir alimentos, fibras, bioenergia. É preciso levar o conceito de cadeia produtiva para a frente.
Para Carminha Maria Gatto Missio, gestora e sócia-fundadora na Condomínio Santa Carmem, reunir as mulheres do agronegócio em um grupo como o FMA é importante para “aproximar o campo da cidade”. “O papel da mulher hoje é muito importante. Mas nada começa no campo, tudo começa na área urbana e se expande para as cidades.” Missio é uma liderança no Oeste da Bahia. Foi a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente da Faeb (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia) e hoje atua no movimento de mulheres da CNA (Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária).
“Nos últimos anos as mulheres foram conquistando um espaço que nós nunca nos demos o direito de conquistar”, diz Nina Ploger. “Percebemos que somos tão boas ou melhores que os homens na gestão e no campo.”
Os exemplos se multiplicam. A foto que abre esta reportagem dariam vários livros sobre fantásticas histórias e exemplos de liderança. E é essa uma das missões do FMA: levar para a frente histórias que inspiram. Entre as mulheres presentes, também estiveram Amália Sechis, diretora da Beef Passion, Amanda Poldi, diretora-executiva da Cargill, Camila Colpo, da Boa Safra Investimentos, Stella Damha, presidente da Damha Agronegócios, Aline Bortoli, da Bom Futuro, entre outras.
O grupo foi recebido no Ancho Premium Beef, com patrocínio da Case IH, ZRAdvogados, Blue Label, Beatriz Werebe e BTG Pactual.
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Rafael Cautella Aline Bortoli Ignácio, Elizana Baldissera, Helen Jacintho, Norma Gatto, Ines Marina Scheffer Bortoli e Raquel Steltenpool
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Rafael Cautella Érika Bannwart, Helen Jacintho, Vera Ondei, Antonio Camarotti e Carmem Perez
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Rafael Cautella Nina Ploger, Alessandra Zanotto, Helen Jacintho, Norma Gatto, Carminha Gatto Missio e Grazielle Parenti
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Rafael Cautella Mariana Beckheuser, Helen Jacintho, Camila Colpo e Vera Ondei
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Rafael Cautella Vera Ondei, Carmen Perez e Amália Sechis
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Rafael Cautella Talita Cury Robusti, Helen Jacintho, Grazielle Parenti e Nina Ploger
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Rafael Cautella Elizana Baldissera, Helen Jacintho e Raquel Steltenpool
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Rafael Cautella Carminha Gatto Missio e Helen Jacintho
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Rafael Cautella “Um evento desse, com tanta potência feminina, é importante para vermos o quão significativo é o nosso apoio”, diz Leticia Cardoso, marketing intelligence manager da CASE IH.
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Rafael Cautella Vera Ondei, Ana Elisa Werebe, Antonio Camarotti, Helen Jacintho, Anita Klein e Cécilia Saint-Viteux
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Rafael Cautella Tulio Zucca e Michelle Rosa
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Rafael Cautella Gabriel Jacintho, Vinicius Leal, Ana Carolina Marques e Antonio Camarotti
Aline Bortoli Ignácio, Elizana Baldissera, Helen Jacintho, Norma Gatto, Ines Marina Scheffer Bortoli e Raquel Steltenpool