Produtores do centro-sul do Brasil tinham colhido 27,6 milhões de toneladas de milho segunda safra até a última quinta-feira (6), estimou nesta segunda-feira a consultoria AgRural, com base em dados da área colhida.
O volume é inferior ao registrado um ano antes, segundo estimativa da AgRural, que viu até esta época de 2022 colheita de aproximadamente 34,6 milhões de toneladas.
Mas o total colhido até a última quinta-feira (6) cresceu cerca de 10 milhões de toneladas na comparação com a semana anterior, apontou a AgRural, à medida que os trabalhos buscam tirar o atraso na comparação com o ciclo passado.
O total já colhido é menor em relação ao mesmo período de 2022 porque a colheita de 2023 ainda não havia engrenado em alguns Estados ou estava apenas começando, explicou a analista Alaíde Ziemmer, à Reuters.
Mas, logo, o total colhido superará os volumes do ano anterior, já que a safra de 2023 está estimada em um recorde.
No início do mês, a AgRural havia projetado a segunda safra brasileira de milho na temporada 2022/23 em 102,9 milhões de toneladas.
Até a última quinta-feira (6), produtores tinham colhido 27% da área, um avanço de 10 pontos percentuais em relação à semana anterior, ajudado pelo tempo predominantemente seco, disse a AgRural em boletim mais cedo.
Na mesma época do ano passado, a colheita do milho na região atingia 41% da área plantada.
Mato Grosso segue na dianteira dos trabalhos e apresenta produtividades muito boas, embora ainda haja atraso em relação a 2022.
A AgRural informou ainda que, apesar de os produtores continuarem esperando altas produtividades em praticamente todo o Centro-Sul, a possibilidade de temperaturas mais baixas, com eventual formação de geada, é fonte de preocupação em áreas mais tardias do norte do Paraná e do sul de Mato Grosso do Sul, onde ainda há muitas lavouras em enchimento de grãos.
“A esta altura, porém, eventuais danos causados pelo fenômeno tendem a não exercer grande impacto sobre o tamanho da safrinha brasileira”, ponderou a consultoria.