O Brasil propôs ao Japão participar inicialmente de uma “pequena cota” do mercado japonês de carne bovina, para mostrar a qualidade de seu produto sem afetar interesses japoneses, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta sexta-feira (3).
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Em troca, o Brasil abriria compras da carne wagyu do Japão, tendo assim acesso ao mercado japonês de carne bovina e suína. “Propusemos a eles começar com uma pequena cota, não tem problema, nós queremos mostrar a qualidade da nossa carne. E por determinação do presidente Lula, que esta relação seja bilateral. Então o Brasil abriria e nós ampliaríamos o consumo de wagyu, que é uma carne bovina produzida no Japão”, disse o ministro.
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A declaração a jornalistas foi feita após evento com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em Brasília, no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou um convite para visitar o Japão no próximo ano.
O mercado do Japão é no momento fechado para essas proteínas brasileiras devido a questões sanitárias, entre outros fatores. Mas, à medida que o Brasil caminha para ser livre de febre aftosa sem vacinação, tais riscos não deveriam ser citados como motivos de embargo, argumenta o governo brasileiro.
Fávaro disse ainda que o Brasil já poderia iniciar embarques ao Japão por Estados reconhecidos internacionalmente com livre de aftosa sem vacinação, como o Paraná e Santa Catarina, antes mesmo de todo o país ter o status sanitário confirmado pela Organização Internacional de Saúde Animal.