O consumo de diesel B (misturado com biodiesel) do Brasil deve alcançar 66,6 bilhões de litros em 2024, estimou nesta quarta-feira a StoneX, mantendo sua previsão apesar de possíveis impactos negativos na demanda pelo combustível no Rio Grande do Sul.
Segundo a consultoria, embora as enchentes que atingiram o Estado gaúcho tenham causado problemas logísticos e potencialmente reduzido o consumo de diesel B nas primeiras semanas de maio, observou-se “rápida tendência de normalização” do abastecimento do derivado de petróleo entre final de maio e início de junho na região.
Além disso, a StoneX observou que os “ótimos resultados” de consumo do combustível nos quatro primeiros meses do ano para Estados como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e Paraná devem impedir uma redução das vendas do diesel B a nível nacional.
Já para o biodiesel, a StoneX reduziu ligeiramente sua previsão de consumo para 8,9 bilhões de litros em 2024, ante 9 bilhões de litros esperados anteriormente, mas ainda com forte crescimento de 20,8% em relação a 2023.
O principal fator determinante foi a revisão negativa realizada pela agência reguladora ANP para o número de vendas de fevereiro, quando ainda vigorava o B12 (mistura de 12% de biodiesel ao diesel), ajustando de 699 milhões de litros para 639 milhões de litros.
“Adicionalmente, apesar da surpresa positiva no desempenho de outros Estados nos últimos dois meses ter ajudado a equilibrar a diminuição na demanda esperada do Rio Grande do Sul para maio, as vendas de biodiesel registraram misturas efetivas levemente abaixo do esperado no 2º bimestre”, apontou.
Nesse sentido, o consumo de óleo de soja estimado pelo setor também mostrou uma pequena queda, de 7,4 milhões de toneladas para 7,3 milhões de toneladas, com uma alta anual de 26,6%, disse a StoneX.
Para o consumo de diesel A, a expectativa é de diminuição de 0,9% no comparativo anual, alcançando 57,7 bilhões de litros, com o biodiesel ganhando maior espaço na mistura e absorvendo o aumento das vendas ao consumidor final.
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A redução esperada do consumo de diesel A, somada ao aumento da produção do derivado pelas refinarias brasileiras, deve permitir que as importações do combustível também operem em queda frente a 2023, totalizando 13,82 bilhões de litros (-4,6%).