A Indonésia ainda não implementou o aumento da mistura obrigatória de biodiesel que estava planejado para 1º de janeiro, enquanto agentes do setor aguardam os detalhes técnicos da nova regulamentação, causando confusão entre os comerciantes de óleo de palma.
O governo havia se comprometido a exigir uma mistura de 40% de combustível à base de óleo de palma no diesel a partir de 1º de janeiro, conhecido como B40, em comparação com a mistura de 35% atualmente em vigor.
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O contrato de referência do óleo de palma para entrega em março na Bolsa de Derivativos da Malásia fechou em queda de 2,5% na quinta-feira, a 4.336 ringgit (US$ 968,72 – R$ 6 mil) a tonelada, em meio a incertezas sobre a implementação do B40, depois de subir cerca de 1,8% no início do dia, quando acompanhou os ganhos do óleo vegetal na bolsa chinesa de Dalian.
O plano de aumentar a mistura de biodiesel do maior produtor mundial de óleo de palma ajudou a elevar o contrato de referência de óleo de palma da Malásia em quase 20% em 2024, devido às expectativas de menores exportações de óleo de palma da Indonésia, produtora rival.
Na quinta-feira, a estatal indonésia de energia Pertamina, que opera a maior rede de postos de gasolina do país, e o grupo de produtores de biodiesel APROBI disseram que estavam aguardando os decretos oficiais antes de vender o combustível.
“Assim que a regulamentação for emitida, haverá tempo de uma transição para a venda. No momento, preparamos as refinarias de Plaju e Kasim para o processamento do B40”, disse o porta-voz da Pertamina, Fadjar Djoko Santoso.
Os membros da APROBI não podem fechar contratos para a distribuição de biodiesel sem um decreto do governo, disse o secretário-geral Ernest Gunawan.
Edi Wibowo, diretor de bioenergia do Ministério da Energia, disse na quinta-feira que estava aguardando novas instruções para o B40, sem fornecer mais detalhes.
Outros altos funcionários do Ministério da Energia não responderam às perguntas sobre a implementação do B40.
Analistas do setor de óleo de palma esperavam que a implantação da política fosse gradual.
Enquanto isso, traders de óleo de palma estão aguardando o volume oficial de biodiesel que a Indonésia alocará aos varejistas de combustível para avaliar o quanto as exportações serão afetadas.
Autoridades indonésias disseram anteriormente que o país planeja alocar 15,62 milhões de quilolitros (4,13 bilhões de galões) de combustível à base de óleo de palma para o B40 em 2025.
Os analistas estão preocupados com os planos de subsidiar o B40 apenas para uso não industrial, que representa menos da metade da demanda do país.