Neste 20 de janeiro, amantes da gastronomia ao redor do mundo comemoram o Dia Mundial do Queijo, um dos alimentos mais antigos e reverenciados da história da humanidade. Com registros que remontam a 7 mil anos, ele transcendeu barreiras culturais e geográficas. Ele é símbolo de tradição, inovação e riqueza gastronômica.
Produzido a partir do leite de vaca, cabra, ovelha e búfala, o queijo possui uma grande diversidade, com mais de 2 mil tipos catalogados mundialmente. De clássicos franceses, como o brie e o camembert, a delícias brasileiras, como o queijo coalho e o premiado artesanal de Minas Gerais, cada pedaço conta uma história sobre o local de origem, o tipo de leite e o processo de maturação.
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O queijo também desempenha um papel relevante na economia e no agro. Grandes países produtores, como França, Itália, Holanda e Estados Unidos, lideram a produção global, enquanto no Brasil o setor de artesanais tem crescido, ganhando reconhecimento internacional. Queijos brasileiros têm conquistado prêmios em competições mundiais, destacando-se pela qualidade e pela inovação nos métodos de produção.
Em novembro de 2024, no World Cheese Awards realizado em Viseu, Portugal, o queijo Passionata, produzido no Biopark em Toledo (PR), ficou na 9ª posição entre os 14 finalistas, sendo também eleito o Melhor Queijo da América Latina. O Passionata é maturado com infusão de maracujá, apresentando sementes na casca e flores na base, conferindo-lhe um sabor e aparência únicos. Outros 35 produtos brasileiros foram premiados, entre eles com a medalha super ouro o queijo Soberano, da Queijaria Belafazenda, de Bofete (SP). Também levaram medalha Ouro os queijos Gigante do Bosque Florido, do Capril do Bosque, de Joanópolis (SP); o Granito e o Sol do Japi, ambos da queijaria Pé do Morro , de São Paulo.
Além do aspecto econômico, o queijo tem uma forte conexão com a cultura e o convívio social. Ele é o protagonista de inúmeras receitas e harmonizações com vinhos, cervejas e até cafés. É impossível imaginar uma tábua de queijos e frios sem associá-la a momentos de celebração e partilha.
Neste Dia Mundial do Queijo, vale a pena explorar novos sabores, conhecer histórias por trás das produções e valorizar os pequenos produtores, que preservam saberes e técnicas tradicionais. Confira os 5 queijos mais populares do mundo, sua origem e curiosidades:
Parmesão (Parmigiano Reggiano)
Origem: Itália, regiões de Parma, Reggio Emilia, Modena e Bolonha.
Curiosidades: Conhecido como o “rei dos queijos”, o parmesão tem uma maturação que varia entre 12 e 36 meses, o que intensifica seu sabor. Produzido desde o século XIII, é protegido por uma Denominação de Origem Controlada (DOP). Tradicionalmente, é servido em lascas, ralado ou até mesmo degustado puro como um petisco.
Brie
Origem: França, região de Brie (próxima a Paris).
Curiosidades: Famoso por sua casca aveludada de mofo branco com interior macio e cremoso, o brie é considerado o “rei dos queijos franceses”. Ele era oferecido como tributo aos reis da França na Idade Média. Sua versatilidade permite harmonizações com vinhos espumantes, frutas e mel.
Cheddar
Origem: Inglaterra, vila de Cheddar, no condado de Somerset.
Curiosidades: O cheddar original inglês é mais firme, de coloração amarela pálida e sabor pronunciado, diferente das versões industriais mais populares. A vila de Cheddar também abriga cavernas onde o queijo era maturado por conta da temperatura estável. Hoje, é um dos queijos mais consumidos do mundo.
Mozzarella
Origem: Itália, região da Campânia.
Curiosidades: A mozzarella tradicional é feita com leite de búfala e é chamada de “Mozzarella di Bufala Campana”, também protegida por uma DOP. Sua textura macia e fresca faz dela um ingrediente essencial na pizza napolitana. Há também a versão feita com leite de vaca, que é mais comum no mercado global.
Camembert
Origem: França, região da Normandia.
Curiosidades: Criado no século 18, é frequentemente comparado ao brie, mas possui um sabor mais intenso e picante quando maturado. Durante a Primeira Guerra Mundial, o camembert era enviado para as tropas francesas, o que ajudou a popularizá-lo. Ele é tradicionalmente embalado em caixas de madeira que ajudam na maturação e transporte.