Os contratos futuros da soja e do milho na bolsa de Chicago subiram nesta terça-feira (31), devido à cobertura de posições vendidas e às preocupações com as condições climáticas secas na América do Sul, segundo analistas de mercado.
No entanto, os preços de ambas as commodities fecharam 2024 com queda no comparativo anual pelo segundo ano consecutivo, uma vez que os suprimentos globais permanecem abundantes e as relações comerciais entre os EUA e a China, principal mercado exportador, continuam tensas, disseram analistas.
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O contrato de soja mais ativo na CBOT fechou em US$ 10,10 o bushel, acumulando queda próxima a 22% no ano.
O clima melhor do que o esperado nas áreas produtoras de soja da América do Sul e dos EUA na segunda metade do ano, incluindo chuvas recentes no Brasil, levou a estoques globais robustos, pressionando os preços em 2024, disseram os analistas.
Já o milho fechou em US$ 4,585 o bushel, com retração de 2,7% em base anual, com os preços também pressionados ao longo do ano pela ampla oferta global.
Mas uma onda de clima seco na Argentina alimentou um salto nos preços na véspera do Ano Novo, disse Randy Place, analista do Hightower Report, já que o país, um dos maiores produtores de milho e soja do mundo, viu suas safras ameaçadas por condições mais quentes e secas nas próximas semanas.
“Este não tem sido um bom ano em nenhum dos mercados”, disse Place, mas 2025 pode ser melhor, segundo ele, já que os preços estão tão baixos que há pouca possibilidade de queda.
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