A BlackRock, maior gestora de investimentos no mundo, levantou mais de US$ 250 milhões em compromissos para a CFP (Climate Finance Partnership, na sigla em inglês), organização liderada pelo presidente francês Emmanuel Macron desde setembro de 2018, segundo a Climate Action. O consórcio incluiu 10 investidores globais, incluindo governos e filantrópicos.
O veículo de financiamento combinado está focado em investir na infraestrutura climática de mercados emergentes, com o objetivo de acelerar a transição global para uma economia de baixo carbono, incluindo a geração de energia renovável e o uso de redes elétricas de emissão ultra-baixa.
Apresentado na cúpula “One Planet Summit”, o CFP foi criado para atrair investimentos em soluções sustentáveis para mercados emergentes considerados mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, como Ásia, América Latina e África.
“Estamos honrados em colaborar com este grupo de organizações dos setores público e privado para levantar o capital necessário para iniciar a transição energética em mercados emergentes”, afirmou o head dos investidores alternativos da BlackRock, Edwin Conway.
De acordo com a Climate Action, os governos da França, por meio da AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento, na sigla em português), da Alemanha, por meio do KfW Banco de Desenvolvimento, e do Japão, através do JBIC (Banco do Japão para Cooperação Internacional, na sigla em português), se comprometeram com o CFP, juntamente com o Grantham Environmental Trust e a Quadrivium Foundation. Juntas, as entidades emitiram um total combinado de US$ 112,5 milhões em investimentos.
Fundos de pensão europeus também garantiram o compromisso, incluindo o Dai-ichi Life Insurance e bancos como o Standard Chartered e o MUFG Bank.
Uma análise feita pela BNEF (Bloomberg NEF), consultoria de pesquisa especializada no setor sustentável, mostra que serão necessários cerca de US$ 9 trilhões em investimentos para que os mercados emergentes obtenham dois terços de sua energia de fontes renováveis até 2025.
Essa transição exigirá ainda mais fluxos de capital institucional em regiões que enfrentam desafios como o crescimento populacional, o aumento da demanda de energia e o início das mudanças climáticas.
Ainda segundo a Climate Action, entre os focos de investimentos na Ásia, América Latina e África estão a geração de energia renovável, a eficiência na distribuição energética, a melhoria de serviços de transmissão ou armazenamento, e o uso de transportes elétricos ou com emissão ultra-baixa de carbono.
“Os desafios impostos pelas mudanças climáticas exigem uma forte ação conjunta entre o setor público e privado. É, portanto, com grande orgulho que o Grupo AFD, por meio de sua subsidiária do setor privado PROPARCO, está fazendo parceria com a BlackRock, a maior administradora de ativos do mundo, para acelerar a mobilização de financiamento para o clima ”, disse Remy Rioux, CEO da AFD .
Cerca de US$ 150 bilhões foram investidos em energia limpa nas economias em desenvolvimento no ano passado, de acordo com a nova análise da IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em português). A instituição, no entanto, acredita que para um cenário mundial de emissão zero de carbono, esse número deve chegar a US$ 1 trilhão até 2030.
Revelado no início do ano passado no Fórum Econômico Mundial, o CFP tem como objetivo levantar um total de US$ 500 milhões para investimentos relacionados ao clima em mercados emergentes.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.