As enchentes catastróficas que varreram o noroeste da Europa semana passada foram um alerta de que represas, diques e sistemas de drenagem mais fortes são tão urgentes quanto medidas de prevenção em longo prazo contra as mudanças climáticas, porque eventos climáticos que já foram raros estão cada vez mais comuns.
Com a água baixando, autoridades avaliam a destruição deixada por chuvas torrenciais que aterrorizaram áreas do oeste e do sul de Alemanha, Bélgica e Holanda, destruindo edifícios e pontes e matando mais de 160 pessoas.
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O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, que visitou a cidade de Bad Neuenahr-Ahrweiler ontem (19), afirmou que o custo da reconstrução chegaria aos bilhões de euros, além dos milhões necessários para auxílio de emergência.
Mas o custo de projetar e construir uma infraestrutura melhor para mitigar esses eventos pode ser muitas vezes maior.
“Precisamos construir uma nova infraestrutura – bacias de contenção, diques, áreas de drenagem de transbordamento – e fortalecer sistemas de esgoto, barragens e barreiras”, afirmou Lamia Messari-Becker, professora de Tecnologia e Física da Construção na Universidade de Siegen.
“É uma tarefa gigantesca. Chegou a vez dos engenheiros.”
Cortes drásticos em emissões de gases do efeito estufa são certamente necessários, mas não influenciarão significativamente o clima, muito menos resfriarão o planeta, por décadas.
Muito antes disso, os países precisarão adotar ou construir uma infraestrutura básica que vá além da gestão de água, em agricultura, transporte, energia e moradia. (Com Reuters)
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