O Mercado Bitcoin, empresa de criptoativos, e a Tropix, plataforma de criptoarte, lançaram uma iniciativa com NFTs de impacto que serão leiloados e terão 95,5% dos ganhos revertidos ao Projeto de Gestão e Vigilância Territorial do Povo Indígena Paiter Suruí de Rondônia. Liderado pelo povo Paiter Suruí, a iniciativa tem o objetivo de proteger a comunidade Sete de Setembro, localizada entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso de extração ilegal de madeira e desmatamento. O povo Paiter Suruí conseguiu chamar a atenção internacional por conta da luta pela defesa de seus territórios, com a atuação de lideranças como o Cacique Almir Suruí e Walelasoetxeige Surí (Txai Suruí), com participação na COP26.
LEIA TAMBÉM: É possível reflorestar a Amazônia utilizando NFTs?
Até 2038, a iniciativa pretende conservar uma área de 13 mil hectares de floresta e evitar a emissão de cerca de 7 milhões de toneladas de gás carbônico. Para que isso aconteça, 30 monitores percorrem o território Paiter Suruí utilizando GPS e equipamentos fotográficos e alertam as autoridades sobre irregularidades e invasões. Segundo o Cacique Almir Suruí: “O projeto é muito importante para o povo Paiter Suruí e para a Associação Metareilá porque vai ajudar a continuar protegendo e preservando nosso território, nossa cultura, e assim contribuir com o meio ambiente, sendo reconhecidos em nível nacional e internacional na sua importância para o equilíbrio climático, econômico”.
Parte dos valores da venda das NFT´s serão utilizados para a manutenção do território, compra de veículos e instrumentos necessários ao monitoramento. De acordo com o Fundador e CEO da Tropix, Daniel Peres Chor: “NFT, por um lado, é tecnologia, pelo outro é comunidade. Nós compensamos a emissão de gases da montagem das ETF´s com a compra de créditos de carbono, por isso, são consideradas carbono zero. E estamos, junto com o Mercado Bitcoin, buscando maneiras mais avançadas de compensar nosso impacto”.
LEIA TAMBÉM: Os 10 NFTs mais caros da história
Outra iniciativa que planeja reflorestar áreas prejudicadas pelo desmatamento é a criação do NFT Amazônia. A especialista em NFTs, a NFMarket Agency, criou o NForest, uma unidade de negócios, onde há obras de arte que retratam árvores, animais, lendas, entre outros itens comuns à vida na Amazônia, e que foram criadas por diversos artistas. A partir de um lance financeiro, as árvores ao serem adquiridas em forma de NFT automaticamente consolidam-se na plantação de uma árvore de verdade.