O ano de 2017 entrará para a história como o mais importante para a indústria alimentícia. O mercado está mudando rapidamente e a indústria deve evoluir para acompanhá-lo. Os negócios no setor estão atraindo talentos das melhores escolas e empresas, pessoas que jamais considerariam seguir carreira na área há alguns anos e, muito menos, levantar milhões de dólares para criar uma startup própria.
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Varejistas de alimentos como a Hy-Vee criaram um novo ambiente, físico e intelectual, do qual esses líderes do futuro querem fazer parte. É um novo mundo da gastronomia. Nos últimos 20 meses, 17 CEOs de grandes empresas de comida deixaram o cargo para executivos com novas ideias.
Esse novo modelo de negócio deve focar no consumidor e ser construído de acordo com a forma que as pessoas querem comprar comida, com a criação de um ambiente que empodera os clientes e torna a vida deles mais fácil, saudável e agradável, tanto nas lojas físicas quanto nas lojas online.
Veja, na galeria de fotos a seguir, as 10 tendências da indústria alimentícia para 2018:
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iStock 1) Mindfulness
O termo em inglês “mindfulness”, que significa o estado de atenção plena, é um dos mais usados atualmente e se tornou um mantra para o marketing de muitas empresas. A expressão é um grande avanço para indústria e consumidores.
A condição de mindfulness resulta em uma nova atitude dos clientes que busca entender tudo sobre um alimento ou bebida e, na sequência, apoiar determinadas empresas ao aceitar os valores da marca ou do varejista e continuar a comprar.
Os novos líderes de alimentos são movidos por novos valores corporativos: consciência social, saúde e bem-estar, nutrição e, obviamente, dinheiro.
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iStock 2) Tátil
A tendência que terá o maior impacto na indústria é, com certeza, tátil. A profissão que mais envolve o sentido do tato é a de chef. A multissensorialidade é o segredo da comida em produtos, embalagens e lojas. No último ano, houve um avanço em relação a aparência com comidas coloridas com tema de unicórnio e pretas. Agora, essa conexão será aprofundada. A impressão 3D vai criar experiências mais táteis, além de mais eficiente e de evitar o desperdício.
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3) Agricultura
Tudo começa com a agricultura, mas isso vai mudar no futuro. Até 2050, estima-se que a população mundial será de 9,6 bilhões, sendo que 65% dela viverá em áreas urbanas. A água, os solos e o meio-ambiente estão sitiados. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos afirma que as mudanças climáticas criarão desafios para todos.
A conexão entre fazenda e consumidor está mais forte, as comunidades buscam se aproximar mais da natureza. Cada vez mais pessoas estão procurando dietas baseadas em plantas. O aplicativo FreshFoodNY é uma feira virtual que possibilita aos nova-iorquinos comprarem diretamente de fazendeiros, pescadores e artesãos. O número de fazendeiros mais jovens aumentou, 69% deles têm diploma universitário, ou seja, uma nova era da agricultura está chegando.
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iStock 4 e 5) Neuronutrição e biohacking
A alimentação é a principal causa de mortes e doenças que podem ser prevenidas. Segundo um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard, metade das crianças de hoje estará obesa antes dos 35 anos. Cerca de 10% da população mundial está em dietas restritivas devido a doenças e alergias. Um relatório do Barilla Center for Food & Nutrition colocou os Estados Unidos em 21º lugar no Índice de Sustentabilidade Alimentar, que avalia 34 países, devido à incapacidade da nação de enfrentar desafios nutricionais.
A neuronutrição estuda como os alimentos afetam o cérebro. Já o biohacking quebra todas as regras para criar uma ciência para nutrição e produtos mais individualizados. A conexão entre a comida e cérebro é muito importante.
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iStock 6) Assistência tecnológica
A assistência alimentícia tecnológica e a inteligência artificial são as melhores coisas que podem acontecer a um mercado. Alexa, Google Home, Sonos e outras ferramentas estão auxiliando no processo de comprar comida de uma maneira nova. Uma pessoa pode facilmente reabastecer o estoque de alimentos ao pedir que a Alexa faça uma compra pelo Amazon. Na semana passada, uma das maiores lojas de conveniência dos EUA, a Sheetz, anunciou que alguns produtos podem ser pedidos dessa forma.
Até 2020, as casas terão 55 milhões de aparelhos inteligentes – e essa será a maior rede de supermercados do planeta. A relação entre a “internet das coisas” e a indústria alimentícia é intensa e os dispositivos tecnológicos serão responsáveis por repor os produtos essenciais que faltam em casa, enquanto os supermercados serão para alimentos frescos e comidas artesanais.
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iStock 7) Propaganda
A propaganda, essencialmente, deve informar as pessoas e levá-las a comprar. Mas ao tratar de alimentos, também deve ser verídica, especialmente no que diz respeito à nutrição. Hoje, as pessoas querem ter uma conexão e saber de onde veio o que comem, e as propagandas têm o poder de incentivar as pessoas a se alimentarem de forma saudável. Como forma de influenciar as crianças, o Come Come, personagem da Vila Sésamo, ganhou seu próprio programa de culinária.
A comunicação sobre alimentos é tão importante quanto o que se come. O que as pessoas acreditam tem um grande impacto no que e quanto elas consomem.
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iStock 8) Segurança
A segurança pessoal será prioridade em 2018. A 10º pesquisa anual da Associação de Psicologia descobriu que mais de um terço dos norte-americanos se sentem nervosos ou ansiosos e uma quantidade similar sente raiva e irritação desde os atentados de 11 de setembro. Portanto, varejistas devem aumentar a segurança dos estabelecimentos. As pessoas evitarão grupos e eventos grandes, os mercados farão cada vez mais eventos pequenos e internos.
Um quarto das mulheres e 18% dos homens lidam com o stress comendo mais. A nutrição inapropriada afeta a saúde e o bem-estar e diminui a necessidade de profissionais para auxiliar os consumidores no mercado. Algumas redes, como a ShopRite, oferecem aulas de exercício físico, meditação e yoga para ajudar os clientes a lidar com esse tipo de sentimento, e, simultaneamente, construir uma relação com eles que vai além do preço dos produtos.
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iStock 9) Políticas de alimentação
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos é uma das instituições governamentais mais poderosas. A ação de política alimentar criou um cenário em que retrata como a comida se tornou um problema bipartidário enquanto muitas leis existentes estão sendo quebradas.
Duas importantes ações vão impactar o mundo alimentar em 2018. A primeira é a norma de São Francisco, que determina que os varejistas relatem uso de antibióticos por fornecedores de carne e aves. A segunda é a legislação Farm Bill, que vai estabelecer normas de alimentação e agricultura por um período de cinco anos.
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iStock 10) Supermercados do futuro
A última tendência está relacionada a como serão os supermercados do futuro. O ano de 2017 foi transformador para a indústria e construiu a base para um novo modelo de negócio.
Supermercados sem desperdício continuam a crescer mundialmente, ms somente alguns deles estão nos Estados Unidos, como in.gredients, Zero Market e Fillery, que devem servir de modelo para todas as lojas.
É o momento de construir estabelecimentos sustentáveis, que produzem energia com painéis solares, não só para reduzir o consumo mas também para produzir o suficiente para abastecer a loja inteira.
Fazer compras online está no topo da lista das pessoas, e esse negócio continuará a crescer e evoluir. Atualmente, cerca de 25% dos mercados norte-americanos oferecem a função “clique e retire”, que permite que o cliente escolha os itens pela internet e os retire no supermercado. A consultoria KMPG relata que quase 75% das pessoas usariam esse serviço para evitar custos de entrega e o Conselho Internacional de Shopping Centers descobriu que 61% usariam a função e ainda comprariam produtos extras pessoalmente na hora de buscar os que foram escolhidos pela internet. Os consumidores querem ter um relacionamento com o supermercado.
1) Mindfulness
O termo em inglês “mindfulness”, que significa o estado de atenção plena, é um dos mais usados atualmente e se tornou um mantra para o marketing de muitas empresas. A expressão é um grande avanço para indústria e consumidores.
A condição de mindfulness resulta em uma nova atitude dos clientes que busca entender tudo sobre um alimento ou bebida e, na sequência, apoiar determinadas empresas ao aceitar os valores da marca ou do varejista e continuar a comprar.
Os novos líderes de alimentos são movidos por novos valores corporativos: consciência social, saúde e bem-estar, nutrição e, obviamente, dinheiro.
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