Dobrou, no último ano, o número de brasileiros que visitam as propriedades de alto luxo da associação Swiss Deluxe Hotels, na Suíça. Em entrevista à FORBES, durante passagem por São Paulo, o CEO Siro Barino apontou dois fatores para esse resultado positivo: a promoção do marketing digital e a parceria com o Departamento de Turismo do governo suíço para promover o setor.
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A associação suíça, que compreende portfólio de 40 hotéis cinco estrelas, vem investindo em inovações que simplificam a vida dos hóspedes. Segundo o executivo, a estratégia é manter o altíssimo padrão dos hotéis, agregando facilidades, como o aplicativo “Swiss Deluxe Hotels”, uma espécie de concierge eletrônico que faz reservas e serviços online.
FORBES: Em que aspectos sua associação difere dos demais destinos de luxo?
Siro Barino: Somos um grupo diferenciado, pois a maior parte de nossos hotéis pertence a proprietários particulares e investidores. Temos também algumas cadeias hoteleiras como o Mandarin Oriental, em Genebra, mas mesmo estas gerenciam o hotel com a “visão” da Swiss Deluxe Hotels. Nossa ideia é evitar a impessoalidade nos serviços e para isso estabelecemos mais de 800 critérios que devem ser averiguados regularmente. Somos capazes de oferecer uma grande diversidade de opções, com atenção primorosa aos detalhes hoteleiros, o que faz a diferença para um cliente exigente. A gastronomia de alguns de nossos hotéis, por exemplo, é muito valorizada, porque é baseada em produtos locais.
FORBES: Qual é a relevância dos visitantes brasileiros para a hotelaria suíça?
SB: O Brasil é um mercado muito importante tanto para nossa associação quanto para o meu país. Os resultados do último ano foram impressionantes: dobramos o número de visitantes brasileiros, contabilizando apenas os 40 hotéis. Os brasileiros gostam dos hotéis cinco estrelas. O Brasil é, por exemplo, o nosso maior parceiro de negócios da América Latina.
FORBES: Como está hoje a Swiss Deluxe Hotels?
SB: Em 2015, alcançamos o pico da crise econômica, com o euro desvalorizado e o franco suíço valorizado, com impacto na vinda de europeus para nosso país. O momento atual é outro; o euro valorizou e o dólar também está mais forte, contabilizando um acréscimo de turistas dos Estados Unidos. Além dos americanos, aumentou também a quantia de alemães, asiáticos e russos. O fluxo interno continua sendo preponderante, com cerca de 33% de suíços. O Brasil, como mencionei antes, é um mercado em ascensão. É interessante ressaltar que o turismo na Suíça perdura o ano inteiro, em razão das diferentes estações e climas, com a possibilidade de oferecer distintos destinos, com neve, paisagens naturais e centros urbanos.
Reportagem publicada na edição 60, lançada em julho de 2018