O maior lago da Europa Ocidental é dividido ao meio: a porção setentrional pertence à Suíça; a meridional é francesa. O nome pode mudar (Lac de Genève, Lac Léman); o que não muda é a profusão de belezas ao seu redor – especialmente no verão, quando barcos e navios desfilam placidamente em suas águas cristalinas, ligando vilarejos e cidades como Lausanne e Montreux. Os imponentes Alpes contornam o lago e é possível admirar, ao longe, o Mont-Blanc, a montanha mais alta da Europa.
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Na margem norte fica a charmosa Lausanne, com seus parques e jardins, sua arquitetura inconfundível e suas luxuosas lojas – os visitantes não resistem à grande oferta de relógios, perfumes e chocolates. Conhecida como “capital olímpica”, Lausanne abriga um moderníssimo museu com mais de mil objetos e 150 telas interativas com a história dos Jogos Olímpicos.
A 30 minutos de Lausanne fica Montreux – cidade cujo clima único abriga palmeiras e plantas tropicais entre seus castelos medievais e elegantes edifícios em estilo belle époque, criando um cenário exótico que atrai turistas o ano todo. Dois habitués ilustres eram Charlie Chaplin e Freddie Mercury. Chaplin passou os últimos 25 anos de vida em sua mansão em Corsier-sur-Vevey, a 8,5 quilômetros de Montreux. O lugar abriga hoje um emocionante museu dedicado à sua vida e obra. E o consagrado Montreux Jazz Festival, realizado desde 1967, sedimentou a cidade no calendário mundial de eventos culturais.
Amantes de vinho não podem deixar de visitar os vinhedos de Lavaux, tombados como Patrimônio Mundial da Unesco. Desde 1797, a cada 25 anos os melhores viticultores do período são homenageados na Feira dos Viticultores – evento único no mundo e que acontece, portanto, só quatro vezes por século, mesclando desfiles e shows de música.
O meio mais pitoresco para visitar a região é pelo trem Lavaux Express. Ainda sobre trens, uma verdadeira instituição suíça, o Golden Pass dá ao viajante uma experiência ainda mais exclusiva: com ele o passageiro ocupa as primeiras fileiras, no nariz do trem, e tem a perspectiva do maquinista durante a viagem entre Montreux e Interlaken, 150 quilômetros país adentro.
De volta ao lago: a Companhia Geral de Navegação, fundada em 1873, opera oito navios também em estilo belle époque e oito embarcações modernas, com capacidade para 1.400 passageiros. O restaurante a bordo oferece especialidades típicas, como os filetes de perca (o peixe do lago).
O Castelo de Chillon, com sua masmorra, suas torres e salas de armas, é o monumento histórico mais visitado da Suíça, com mais de 400 mil turistas anuais.
A uma hora da beira do lago, a Geleira 3000, com suas neves eternas, é um hit tanto no verão como no inverno. Lá do alto você pode desfrutar um panorama deslumbrante e esquiar, passear de trenó ou experimentar a descida no tobogã mais alto do mundo. Além disso, pode se aventurar pela passarela Peak Walk, que liga dois picos de montanha a 3 mil metros de altura.
Se a proposta é ir às compras, em Lausanne e Montreux os centros históricos concentram mais de 2 mil lojas nacionais e internacionais de relógios, roupas de grife, chocolate, perfumes e produtos locais.
A região do Lago de Genebra oferece também uma grande variedade gastronômica, com 97 restaurantes selecionados pelo guia Gault & Millau e 12 premiados pelo guia Michelin – como o restaurante Hotel de Ville de Crissier, perto de Lausanne, onde o chef Franck Giovannini perpetua a excelência do estabelecimento ostentando suas três estrelas Michelin.
O clima favorável, o ar puro e as águas termais também atraíram clínicas particulares, como a premiada La Prairie, em Clarens (Montreux), e estabelecimentos focados em bem-estar, como os centros termais e os spas de última geração no Beau-Rivage Palace Lausanne, no Lausanne Palace & Spa, no Royal Savoy Hotel & Spa Lausanne e no Fairmont Le Montreaux Palace.
Reportagem publicada na edição 65, lançada em fevereiro de 2019