Uma família francesa produtora de queijos criou um novo tipo de produto depois de deixar acidentalmente pedaços de queijo na geladeira durante o isolamento social.
Os Vaxelaire criam um rebanho de 25 vacas na região de Vosges, no leste da França, perto da fronteira alemã. Eles geralmente transformam todo o leite que as vacas produzem em queijo e, durante o confinamento, entre 16 de março e 11 de maio, quando as vendas caíram mais de 80%, foram forçados a colocar parte da produção na adega. O fato é que a esse ficou ficou esquecido lá.
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Conforme relatado pelo “Le Parisien”, esses agricultores em Saulxures-sur-Moselotte geralmente produzem queijo munster, que data do século 7º, quando os monges da região começaram a fazer o queijo como uma maneira de armazenar leite no mosteiro.
É um queijo macio, com cheiro particularmente forte, mas sabor sutil. Tradicionalmente, deve ser feito de manhã com leite fresco, que é adicionado ao leite desnatado do dia anterior. O leite é aquecido, derramado em um caldeirão de cobre, onde o coalho é adicionado (que vem do estômago dos bezerros).
O soro (líquido restante) é retirado e a coalhada (a mistura) é colocada em um molde redondo para formar o queijo. É salgado e, crucialmente, esfregado à mão, até formar uma casca. Esta casca vermelho-alaranjada é lavada todos os dias para proporcionar um sabor único.
O queijo que os Vaxelaire descobriram na adega tem um sabor muito diferente do habitual queijo munster que eles fabricam. Esses novos queijos desenvolveram uma casca florida cinza-esverdeada, de acordo com o “The Local”, porque não era esfregada todos os dias e absorvia um pouco do sabor da adega.
Lionel Vaxelaire relatou que “a novidade fica entre o nosso munster e o tipo camembert. É grossa por dentro, com uma casca florida acinzentada e manchada. Pegou o sabor de todo o leite cru e a flora da adega.”
Ele será chamado de “le confiné”, pois o período de lockdown, em francês, é traduzido como “le confinement”.
A novidade provou ser tão bem-sucedida que já esgotou em vendas –desde então eles colocaram um novo lote de munster no porão para desenvolver o “le confiné”.
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