Ao andar de bicicleta ao longo da ciclovia do Hudson River Park, em Nova York, logo se dá de cara com uma parada inesperada na 13ª Street, já que ali, sobre o rio, está um novo parque público gratuito, de mais de um hectare, como nada já visto. Chamado de Little Island, o local foi inaugurado em maio, após sete anos de planejamento e uma doação de US$ 260 milhões do magnata da mídia Barry Diller.
O parque está acima de 132 “tulipas” (ou colunas) de concreto, que compõem a sua estrutura. Antes, essa área estava abandonada, apenas com os restos de pilares podres do que outrora fora o Píer 54. Agora, ela tem mais de 350 espécies de flores, árvores e arbustos assentados sobre palafitas acima do rio Hudson. Mais de 66 mil bulbos e 114 árvores foram plantados, algumas das quais atingirão mais de 18 metros de altura.
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Este espaço verde ímpar é diferente de qualquer outro na cidade de Nova York, com jardins floridos, escadas e rampas para subir e algumas das melhores vistas de Lower Manhattan até a Estátua da Liberdade. Há também um anfiteatro de 813 lugares totalmente novo, de frente para o rio e com programação artística diária gratuita para visitantes de todas as idades.
E a boa notícia? Pelos próximos 20 anos, a Fundação da Família Diller-von Furstenberg vai pagar a manutenção do parque.
Embora o parque pareça um dos lugares mais serenos da cidade de Nova York, é muito difícil encontrar um local privado ou que não tenha famílias passeando com carrinhos, crianças brincando ou casais tirando selfies.
Eu, propositalmente, escolhi um domingo chuvoso e nublado para visitar o parque, chegando às 10h (qualquer pessoa pode entrar das 9h ao 12h diariamente, mas depois disso, ainda que gratuita, a entrada é por meio de reserva para o mesmo dia). O Little Island não estava de forma alguma vazia. Parecia que cada canto e recanto estava cheio de visitantes boquiabertos com as vistas e tirando fotos. Tive que manobrar para conseguir uma boa posição na maioria dos pontos de observação, já que havia tantas pessoas ao redor.
A praça central chamada “The Play Ground”, que não tinha balanços, caixas de areia ou outras diversões infantis, mas sim mesas cobertas por guarda-sóis e cadeiras, era o local menos lotado do parque. Há três barracas de comida servindo lanches e bebidas, entre elas vinho, cerveja e coquetéis criados exclusivamente para os visitantes do Little Island.
O parque foi projetado por Thomas Heatherwick, do Heatherwick Studio, com paisagismo de Signe Nielsen, do MNLA, que o concebeu como uma folha flutuando na água. “Espero que o Little Island sirva como um oásis extravagante para todos os que o visitam, um lugar para passear e ser surpreendido a cada esquina, para descansar e apreciar a paisagem e para ser entretido, educado e estimulado pela nossa programação”, disse Barry Diller.
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Tiremos o chapéu para a DVFFF (Fundação da Família Diller-von Furstenberg), com o apoio de Nova York. A história filantrópica da fundação tornou possível vários outros parques e organizações artísticas da cidade, incluindo The High Line, o Museu da Estátua da Liberdade, o Signature Theatre, a Carnegie Hall Society e a Central Park Conservancy. Os visitantes podem marcar um horário para visitar o Little Island ou chegar antes do meio-dia.
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