A atriz e empresária Luma Costa tinha o desejo de transformar uma grande paixão em um novo negócio. Nas redes sociais, ela passou a compartilhar com seus seguidores o interesse por casa e decoração pela #MesasDaLuma – e foi exatamente esse o termômetro para disparar a criação da Casa Costa. Por dois anos, ela estudou a fundo o mercado até lançar a marca em maio último. O e-commerce (shopcasa-costa.com.br) faz uma curadoria de produtos, além de servir como plataforma de conteúdo para inspirar e disseminar informações sobre o universo de tablewear e tablescaping no Brasil.
A Casa Costa também nasce com o propósito de destacar a produção de artesãos locais, jogando luz em diferentes estéticas nacionais. A marca serve como base de vendas para pequenos e médios produtores que não possuem estrutura online. Há ainda a parceria com o Instituto Lia Esperança: uma coleção desenvolvida em prol do Instituto, composta por jogos americanos, guardanapos e porta-copos produzidos pelas costureiras do projeto da Vila Nova Esperança (contratação de mão de obra e 100% do lucro revertido para a construção de um centro de capacitação).
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A seguir, Luma detalha como nasceu a ideia e os primeiros resultados da marca.
Forbes: Quando começou seu apreço por uma mesa posta linda?
Luma Costa: Minha paixão por casa e decoração existe há muitos anos, mas eu vivia esse interesse de uma maneira muito particular e íntima. Encaro o ato de montar uma mesa ou decorar a minha casa como uma forma de expressão, onde posso trabalhar a minha criatividade e visão estética de uma forma agregadora. Para mim, a mesa posta é muito mais do que o prazer de enfeitar – é uma oportunidade de criar conexões e memórias.
F: Como costumavam ser as refeições na sua infância?
LC: Meu irmão e eu, desde muito cedo, sempre gostamos muito de nos reunir à mesa. A minha casa, muito influenciada pela minha mãe, era um lugar agregador e cheio de acolhimento. Me lembro dos dias de Natal que, além de serem importantes para nós, tinham sempre a presença de amigos que não tinham onde ou com quem comemorar a ocasião. O ato de dividir e de se sentar à mesa foi algo marcante durante a minha vida.
F: Como tem sido a recepção ao seu e-commerce?
LC: Fico muito feliz em dizer que a recepção do público superou todas as expectativas. O sucesso é um reflexo claro do nosso trabalho, mas, principalmente, da nossa habilidade de criar afinidade e ligação direta com o consumidor final. Somos mais do que um e-commerce onde você pode encontrar uma curadoria única de produtos para vestir a sua casa. A Casa Costa é também uma plataforma de conteúdo e conexão. Tivemos nossos carros-chefes entrando em sold-out no primeiro dia e, agora, estamos orgulhosos em ter que trabalhar para suprir uma demanda que criamos.
F: O que não pode faltar numa mesa?
LC: Não consigo apontar um item que é mais importante que os outros, pois, com criatividade, todos os elementos de uma mesa podem ter um papel de protagonismo. Também acredito na versatilidade das peças e amo usá-las para funções diferentes daquelas para as quais foram desenhadas. Acho que esse é um dos grandes diferenciais da Casa Costa – ensinamos às clientes a arte do tablescaping. Somos uma plataforma de conteúdo que traz informação, ensinando e dando dicas de como usar suas peças de diversas formas. É sobre usar o tablewear a seu favor e tornar essa atividade leve e prazerosa.
F: Por que decidiram exaltar o trabalho dos artistas brasileiros?
LC: A Casa Costa tem muito orgulho de ser uma empresa brasileira e de poder dar destaque a produtos feitos aqui. Optamos por evidenciar pequenos e médios produtores do nosso país em nossa curadoria – os mais impactados pelos efeitos devastadores da pandemia – e queremos funcionar como uma plataforma de vendas para aqueles que não possuem estrutura de vendas online. A nossa parceria vai além da comercialização dos produtos, pois queremos evidenciar as histórias inspiradoras por trás desses produtores. Criamos uma sessão chamada “Galeria dos Artistas”, que terá depoimentos que contam mais sobre a jornada e o lindo trabalho autoral desses artesãos de diversas regiões do Brasil.
F: Poderia citar uma dessas artesãs?
LC: A primeira artesã a inaugurar a nossa galeria é a Bebel Schmidt, uma artista carioca especializada em estampas e ilustrações. Desenvolvemos uma coleção chamada Greenery, inspirada na vegetação da Serra do Rio de Janeiro. O resultado são peças que expressam a nossa identidade e os nossos valores – taças pintadas à mão com design único e sofisticado. As peças se esgotaram horas após o lançamento.
F: Existe a possibilidade de parceria com a marca de Marina Ruy Barbosa?
LC: Mesmo com apenas um pouco mais de um mês de vida, já tivemos propostas de parceria de grandes players do mercado. Ficamos muito honrados. Colaborar faz parte da economia do futuro e conversa com o DNA da nossa empresa. Espero que, em breve, possamos trazer parcerias para o setor e para o cliente final. Mas deixo claro: uma colab com a Ginger seria muito bem-vinda!
Reportagem publicada na edição 88, lançada em junho de 2021.
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