A Forbes convidou grandes fotógrafos brasileiros para indicar seus livros de fotografia favoritos no Dia Mundial da Fotografia, celebrado hoje (19). A data marca a invenção do daguerreótipo. Foi em 19 de agosto de 1839 que o francês Louis-Jacques-Mandé Daguerre apresentou ao mundo essa versão primitiva da máquina fotográfica.
Em comemoração, confira na galeria a seguir as recomendações deste supertime de fotógrafos: Araquém Alcântara, conhecido por seus mais de 50 anos de registros da natureza nacional; Bob Wolfenson, nome de peso no mundo da moda e dos retratos, já tendo fotografado centenas de personalidades; Simonetta Persichetti, fotojornalista referência na área de crítica de fotografia e professora da Faculdade Cásper Líbero; e Tuca Reinés, fotógrafo de arquitetura, moda e publicidade.
VEJA TAMBÉM: 50 anos de Araquém Alcântara: “Fotografia é, para mim, como a respiração”
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Reprodução Ver é um todo: Entrevistas e Conversas 1951 – 1998, de Henri Cartier-Bresson
Cartier-Bresson foi um dos pais do fotojornalismo. É conhecido por suas fotos que capturavam o “momento decisivo” – um conceito criado por ele em referência à fração de segundo única e precisa em que o fotógrafo consegue registrar uma cena, com composições que nunca mais se repetirão da mesma forma. Este livro reúne 12 conversas com o francês, que refletem a forma como ele via a fotografia e a sociedade.
“Livro imprescindível para os novos e velhos fotógrafos. Uma lição de vida e determinação, amor e criatividade de um dos maiores fotógrafos da segunda metade do século 20 Inspirador para aqueles que querem mergulhar na fotografia como linguagem plástica e caminho de conhecimento” ‒ Araquém Alcântara.
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Reprodução História da Fotografia Autoral e a Pintura Moderna , de Claudio Edinger
Escrito pelo fotógrafo brasileiro Claudio Edinger, o livro conta a história da fotografia desde sua invenção até os dias atuais e a sua relação íntima com a pintura modernista, com foco na fotografia autoral. Reúne aproximadamente 350 fotógrafos, pintores e filósofos da imagem, com 576 ilustrações.
“É um livro de verbetes, não de aprofundamento. Uma boa obra de entrada para quem quer saber mais sobre fotógrafos. Muito interessante, bem feito e editado. Escrito pelo Claudio Edinger, um fotógrafo excelente e que também tem um viés teórico de discussão de fotografia e arte.” ‒ Bob Wolfenson
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Reprodução Ligeiramente fora de foco, de Robert Capa
Livro autobiográfico escrito por um dos grandes fotógrafos de guerra do mundo. Na obra, Capa fala de sua vida privada e profissional, das suas experiências como correspondente de guerra, da convivência com seus amigos John Steinbeck e Ernest Hemingway e de sua namorada, a atriz Ingrid Bergman.
“Robert Capa, considerado um dos mais importantes fotógrafos de conflito e um dos fundadores da lendária agência Magnum de fotojornalismo, tem um texto delicioso e nos conta parte da história do século 20, vivida e vista por ele por meio das lentes fotográficas” ‒ Simonetta Persichetti
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Reprodução François Halard, de François Halard
Indicado por Tuca Reinés, esta obra reúne grandes trabalhos de Halard, um dos maiores fotógrafos de interiores e lifestyle do mundo e que por mais de 30 anos tem contribuído com revistas como Vogue, Vanity Fair, GQ e House & Garden. A edição inclui fotografias das casas de grandes personalidades, artistas e designers do século 20: Coco Chanel, Yves Saint Laurent, Richard Avedon e Elsa Schiaparelli, só para citar alguns.
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Reprodução What Becomes a Legend Most: A Biography of Richard Avedon, de Philip Gefter
Lançado no ano passado, é a biografia de um dos fotógrafos mais icônicos e importantes de moda, publicidade e celebridades do século 20. Teve uma vida de glamour ao lado de famosos, fazendo capas para grandes revistas, e registrou uma série de acontecimentos importantes. A obra mostra um outro lado do nova-iorquino: de inseguranças, medos e batalhas internas.
“Este livro é para quem quer entender um pouco mais sobre Avedon. É uma história muito saborosa e eu, como fotógrafo, guardando todas as proporções, tenho muita identificação com a posição e a forma que ele se portava diante das coisas. De como ele teve que lidar com todas as as injunções, alegrias e as tristezas da vida e da profissão” ‒ Bob Wolfenson
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Reprodução O clube do bangue-bangue, de Greg Marinovich e João Silva
Um grupo de quatro fotojornalistas registra os momentos de violência e brutalidade que dominou a África do Sul entre 1990 e 1994, período entre a saída de Nelson Mandela da prisão e sua ascensão como presidente. Trabalhando para jornais sul-africanos e agências internacionais, os amigos Ken Oosterbroek, Kevin Carter, João Silva e Greg Marinovich fotografavam os conflitos na periferia de Joanesburgo – o que lhes fez ganhar o apelido de “clube bangue-bangue”. Suas fotos contribuíram para chamar a atenção do mundo para o que ocorria na África do Sul e renderam prêmios internacionais, como o Pulitzer. Uma aula de história, segundo Simonetta Persichetti.
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Reprodução Habitat + Brasil, de Tuca Reinés
Outra indicação de Reinés é um dos seus livros mais recentes, que apresenta exemplos recentes de arquitetura contemporânea residencial no Brasil. Ao todo, são 22 casas retratadas em seis estados. Além de imagens inéditas, a obra conta com trechos de textos escritos pelo próprio fotógrafo. Para quem adora arquitetura.
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Reprodução O Desnorte, de Bob Wolfenson
Também na linha de trabalhos autorais, Wolfenson recomenda seu livro recém-lançado em comemoração a seus 50 anos de carreira. Ele reuniu em “O Desnorte” 128 de seus trabalhos mais icônicos nessas cinco décadas.
“Ele contempla o meu trânsito por vários gêneros da fotografia: os retratos, as fotos de moda, os nus, as fotos de rua, de família. Todo tipo de categoria e disciplinas fotográficas nas quais eu tenho alguma desenvoltura” – Bob Wolfenson
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Reprodução Um olhar sobre o Brasil: a fotografia na construção da imagem da nação, de Lilia Moritz Schwarcz e Boris Kossoy
Indicado por Simonetta, o livro repassa em 459 imagens os últimos 170 anos da trajetória histórica do Brasil, entre o período de 1833 a 2003, do Período Regencial à República. Reúne fotos emblemáticas (selecionadas a partir de um extenso garimpo em arquivos públicos e coleções privadas) que marcam o aparecimento da fotografia no país e sua importância para o registro historiográfico brasileiro.
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Reprodução Peter Lindbergh. on Fashion Photography , de Peter Lindbergh
O alemão Peter Lindbergh foi um dos maiores fotógrafos de moda do mundo, famoso por suas fotos em preto e branco. É considerado o pai das era das supermodelos dos anos 1990, com seus retratos de Naomi Campbell, Kate Moss, Cindy Crawford e Linda Evangelista. Morto em 2019, trabalhou para grandes revistas do segmento e produziu capas icônicas ao subterver e redefinir alguns padrões de beleza da indústria da moda. Neste livro, estão reunidas 300 de suas melhores imagens feitas ao longo de quatro décadas de carreira.
“É um livro excepcional de estilo e sensualidade da moda” ‒ Tuca Reinés
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Reprodução Mulheres Fotógrafas/Mulheres Fotografadas: fotografias e gênero na América Latina, de Erika Zerwes e Helouise Costa
Obra que reúne várias fotógrafas mulheres, entre elas Geneviève Naylor, Grete Stern, Nicolas Constantino, Rosângela Rennó e Rosana Paulino, e discute a maneira como os corpos femininos são retratados nas fotografias ao longo da história.
“Um importante volume, que nos apresenta reflexões sobre trabalhos de inúmeras fotógrafas da América Latina” ‒ Simonetta Persichetti
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Reprodução The Monocle Book of Homes: a guide to inspiring residences, de Tyler Brûlé, Nolan Giles e Andrew Tuck
Lançada este mês pela Monocle, revista global de estilo de vida e design contemporâneo, esta é mais uma das recomendações de Reinés. A obra reúne fotografias de residências – sejam elas casas convencionais, projetos de habitação, comunidades de autoconstrutores e até bairros inteiros. Além das imagens de construções inspiradoras, o livro reúne conselhos e reflexões de artistas e designers.
Ver é um todo: Entrevistas e Conversas 1951 – 1998, de Henri Cartier-Bresson
Cartier-Bresson foi um dos pais do fotojornalismo. É conhecido por suas fotos que capturavam o “momento decisivo” – um conceito criado por ele em referência à fração de segundo única e precisa em que o fotógrafo consegue registrar uma cena, com composições que nunca mais se repetirão da mesma forma. Este livro reúne 12 conversas com o francês, que refletem a forma como ele via a fotografia e a sociedade.
“Livro imprescindível para os novos e velhos fotógrafos. Uma lição de vida e determinação, amor e criatividade de um dos maiores fotógrafos da segunda metade do século 20 Inspirador para aqueles que querem mergulhar na fotografia como linguagem plástica e caminho de conhecimento” ‒ Araquém Alcântara.
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