Um raro diamante de 555,55 quilates será o maior a aparecer em leilão na história, quando chegar ao mercado em fevereiro. Ele fará parte de uma venda especial de lote único, que aceitará criptomoedas pela joia recorde.
Apelido de “The Enigma”, a pedra é um diamante negro raro que nunca foi exibido ou vendido publicamente e está na mesma coleção há mais de 20 anos, disse a casa de leilões Sotheby’s em comunicado.
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Ele será disponibilizado sem reservas, o que significa que o maior lance levará a venda, independentemente do preço. A expectativa da casa de leilões é obter entre US$ 4,1 (R$ 22,5 milhões) e US$ 6,8 milhões (R$ 37,4 milhões) com o item, dado o robusto mercado atual de pedras preciosas.
Uma novidade para os leilões convencionais, a Sotheby’s aceitará criptomoedas pelo diamante. A decisão segue a venda bem-sucedida em julho do ano passado de um diamante de US$ 12,3 milhões (cerca de R$ 67 milhões) para um comprador em Hong Kong, que pagou com os ativos digitais.
Em 2006, o “The Enigma” foi eleito o maior diamante lapidado do mundo pelo Guinness Book of World Records. Dois anos antes, o Gemological Institute of America e a Gübelin, uma casa de gemas suíça, classificaram a joia como o maior diamante de cor naturalmente preta do mundo.
O design exclusivo da pedra preciosa foi inspirado no Hamsa, um símbolo do Oriente Médio de uma mão que oferece proteção. O desenho também está associado ao número cinco, que se reflete tanto nos 555,55 quilates do diamante quanto em seu corte de 55 facetas, disse a Sotheby’s.
O maior diamante do mundo será exibido pela primeira vez em Dubai, Los Angeles e Londres antes que os lances online se iniciem, em 3 de fevereiro.
À medida que usar e investir em criptomoedas se tornou mais popular, cada vez mais casas de leilões começaram a aceitar os ativos (ou dinheiro digital apoiado por blockchain). A ascensão da criptomoeda foi paralela à ascensão de NFTs (tokens não fungíveis), obras de arte digitais construídas no blockchain.
Em março de 2021, uma NFT do artista digital Beeple foi vendida por US$ 69,3 milhões (mais de R$ 390 milhões) e foi paga com a criptomoeda ether, disse o comprador ao New York Times. A venda sem precedentes fez de Beeple o terceiro artista vivo mais valioso do mundo, depois de David Hockney e Jeff Koons.