Por Dawn Chmielewski
(Reuters) – A Walt Disney anunciou nesta sexta-feira que irá cobrir despesas de viagem para funcionários que estejam em busca de planejamento familiar ou atendimento em saúde reprodutiva, após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que reverteu a histórica decisão Roe vs. Wade, que protegia o direito das mulheres ao aborto.
A empresa disse a funcionários que reconhece o impacto da decisão sobre o aborto, mas que continua comprometida a providenciar acesso abrangente a atendimentos de saúde de qualidade –incluindo planejamento familiar e assistência reprodutiva, de acordo com um porta-voz da Disney.
Os benefícios da empresa vão cobrir os custos para funcionários que precisem viajar para outro lugar do país para conseguir acesso a atendimento, inclusive para um aborto.
A Disney emprega cerca de 80 mil pessoas no Walt Disney World resort, na Flórida, onde o governador Ron DeSantis sancionou uma lei que proíbe abortos após 15 semanas de gestação.
A lei estadual, que deve entrar em vigor no dia 1º de julho, foi inspirada pela proibição do Estado do Mississippi da prática após 15 semanas de gestação, que está no centro da decisão da Suprema Corte.
A postura da companhia pode colocá-la novamente em conflito com DeSantis, que retirou da Disney o status de auto-governante para o complexo Disney World em aparente retaliação à oposição da empresa ao projeto de lei educacional dos direitos parentais, batizado por seus oponentes de legislação “não diga gay”.
(Reportagem de Dawn Chmielewski)