Quando a Dream Factory, em Crewe, na Inglaterra, expelir em abril de 2024 o último dos mais de 100 mil exemplares já produzidos do 12-cilindros em W, o motor que hoje equipa as versões mais caras de Bentayga, Continental GT e Flying Spur será alçado a clássico – embora esteja completando agora apenas 20 anos.
A decisão da Bentley de encerrar o 6.0 W12, anunciada ontem (22), é parte do plano Beyond100, que consiste em eletrificar toda sua gama até o início da próxima década.
Leia também: Como serão os elétricos de Aston Martin, Bentley e McLaren
Leia também: Bentley Continental GT Mulliner ostenta elegância sem limites
“Nossa jornada progressiva em direção à mobilidade de luxo sustentável significa fazer mudanças em todas as áreas da Bentley Motors. Quando lançamos o W12 pela primeira vez sabíamos que tínhamos um motor poderoso que impulsionaria nossos carros e nossa marca em alta velocidade. Vinte anos depois, chegou a hora de aposentar este agora icônico trem de força enquanto avançamos para a eletrificação”, justifica o CEO da Bentley, Adrian Hallmark.
Para a despedida, a Bentley produzirá 18 unidades do cupê Batur com uma versão de 750 cavalos de potência e 102 kgfm de torque, a mais poderosa já criada pela marca. Atualmente, esse motor chega a 635 cv e 92 kgfm de torque.
De acordo com a Bentley, desde a primeira introdução do W12 de 6 litros, em 2003, a potência aumentou 37% e o torque 54%, enquanto as emissões foram reduzidas em 25%. Cada unidade é construída à mão, durante 6 horas e meia, por profissionais que a marca chama de “artesãos”. A cada semana um motor passa por um ciclo de teste prolongado e, em seguida, é totalmente desmontado para inspeção. Ainda segundo a empresa, a peculiar configuração em W significa que o motor é 24% mais curto do que um V12 equivalente, o que na prática melhora o espaço útil da cabine.