Algumas cidades dos Estados Unidos ficaram sem espaço em suas UTIs, e muitas outras estão à beira de serem sobrecarregadas com as hospitalizações por Covid-19 disparando a novos recordes nacionais diários.
Os hospitais da cidade de Jackson, capital do Mississippi, estão com todos os seus leitos ocupados, enquanto o resto do estado tem “muito poucos”, segundo o oficial de saúde estadual, Thomas Dobbs. Já as autoridades de saúde de Tulsa, em Oklahoma, anunciaram na última semana que a cidade estava sem leitos de UTI, enquanto os hospitais de St. Louis estão tão sobrecarregados que supostamente precisam recusar alguns pacientes.
LEIA MAIS: Trump prevê que vacina contra coronavírus estará disponível em larga escala em abril
Em Dakota do Norte, as enfermeiras estão sendo autorizadas a continuar trabalhando em certos casos, mesmo que elas sejam diagnosticadas positivas para Covid-19, já que o governador Doug Burgum advertiu que o sistema de saúde do estado poderá ser levado, em breve, para além de seus limites. Steffanie Strathdee, reitora associada de saúde global na UC San Diego e autora do livro “The Perfect Predator” (“O Predador Perfeito”, na tradução livre e sem edição em português), disse à Forbes que é uma “loucura” a decisão tomada.
Em Wisconsin, um hospital de campanha foi montado para aumentar a capacidade, e Massachusetts planeja abrir um em dezembro. Já em Reno, Nevada, US$ 10 milhões estão sendo utilizados para converter um estacionamento em uma unidade para tratamento do coronavírus. Enquanto isso, Vineet Arora, especialista em hospitais da Universidade de Chicago, avisa que Illinois está “perigosamente perto” de exceder a capacidade, e disse à “National Public Radio” que as UTIs ficarão sem espaço no Dia de Ação de Graças, no próximo dia 26.
El Paso, no Texas, está lidando com um problema ainda mais grave do que hospitais que estão atingindo sua capacidade máxima, uma vez que a cidade está sem espaço no necrotério.
Vários outros lugares em todo o país, como Kansas e Rochester, em Nova York, também estão no limite da capacidade de atendimento à saúde. Em Dakota do Sul, um oficial de saúde disse à “National Public Radio” que é “uma possibilidade” que o estado siga Dakota do Norte ao tomar a medida excepcional de permitir que enfermeiras com Covid-19 trabalhem em unidades da doença em hospitais e lares de idosos, desde que sejam assintomáticos.
VEJA TAMBÉM: Moderna diz que sua vacina é 94,5% eficaz na prevenção da Covid-19
Outro problema iminente pode ser a falta de enfermeiras em todo o país. Durante o aumento dos casos no início de março, dezenas de profissionais de saúde se reuniram em Nova York, que foi a cidade mais atingida do país. No entanto, a crise agora é nacional, o que significa que pode haver competição por profissionais de saúde em muitos lugares.
Os Estados Unidos estabeleceram um novo recorde de hospitalizações por quatro dias consecutivos, segundo dados do “The COVID Tracking Project”, e a tendência parece estar apenas se acelerando. Foi observado que os novos casos não estão apenas aumentando, mas também crescendo constantemente em um ritmo mais rápido.
Na sexta-feira (13), os Estados Unidos somaram mais de 180 mil novos casos, novamente estabelecendo um novo recorde, que continua sendo quebrado diariamente. Apenas dez dias antes, o país nunca havia superado a marca de 94 mil novos casos em um único dia e, antes do pico de queda, o registro diário de casos era de pouco mais de 75 mil. Só na sexta-feira, as hospitalizações somaram 68.516, segundo os dados apresentados. O número de mortes, que ficou atrás dos aumentos de casos e depois das hospitalizações, tem crescido continuamente desde meados de outubro. Diante da situação, o país registra, em média, mais de mil mortes de Covid por dia.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.